CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS LITERÁRIOS

PREMIAÇÕES LITERÁRIAS

2007 - 1ª colocada no Concurso de poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia O FILME;

2010 - Menção Honrosa no Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto A CARTA;

2012 - 2ª classificada no Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O BEIJO DA SERPENTE;

2012 - 7ª colocado no concurso de blogs promovido pela Cia dos Blogueiros - Araçatuba-SP;

2014 - tEXTO selecionado pela UBE para ser publicado no Jornal O Escritor- edição 136 - 08/2014- A FLOR DE BRONZE //; 2014 – Menção honrosa Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto LEITE QUENTE COM AÇÚCAR;

2015 – Menção honrosa no V Concurso Nacional de Contos cidade de Lins, com o conto MARCAS INDELÉVEIS;

2015 - PRIMEIRA CLASSIFICADA no 26º Concurso Nacional de Contos Paulo Leminski, Toledo-PR, com o conto SOB A TERRA SECA DOS TEUS OLHOS;

2015 - Recebeu voto de aplausos pela Câmara Municipal de Araçatuba;

2016 – 2ª classificada no Concurso Nacional de contos Cidade de Araçatuba com o conto A ANTAGONISTA DO SUJEITO INDETERMINADO;

2016 - classificada no X CLIPP - concurso literário de Presidente Prudente Ruth Campos, categoria poesia, com o poema AS TUAS MÃOS.

2016 - 3ª classificada na AFEMIL- Concurso Nacional de crônicas da Academia Feminina Mineira de Letras, com a crônica PLANETA MULHER;

2012 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - 13ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de abril de microconto Escambau;

2017 - Classificada no 7º Concurso de microconto de humor de Piracicaba.

2017 - 24ª classificada no TOP 35, na 2ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 15ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 1ª classificada no concurso de Poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia PERMITA-SE;

2017 - 11ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de outubro de microconto Escambau;

2018 - 24ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - Menção honrosa na 4ª edição da Revista Inversos, maio/ com o tema Crianças da África - Poesia classificada BORBOLETAS AFRICANAS ;

2018 - 31ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 5ª classificada no TOP 7, na 1ª semana de junho de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 3ª semana - VII de junho de microconto Escambau;

2019 - Classificada para antologia de suspense -segundo semestre - da Editora Jogo de Palavras, com o texto OLHO PARA O GATO ;

2019 - Menção honrosa no 32º Concurso de Contos Cidade de Araçatuba-SP, com o conto REFLEXOS DO SILÊNCIO;

2020 - 29ª classificada no TOP 35, na 4ª semana - VIII de Prêmio Microconto Escambau;

2020 - Menção honrosa no 1º Concurso Internacional de Literatura Infantil da Revista Inversos, com o poema sobre bullying: SUPERE-SE;

2020 - Classificada no Concurso de Poesias Revista Tremembé, com o poema: QUANDO A SENHORA VELHICE VIER ME VISITAR;

2020 - 3ª Classificada no III Concurso de Contos de Lins-SP, com o conto DIÁLOGO ENTRE DUAS RAZÕES;

2020 - 2ª Classificada no Concurso de crônicas da Academia Mogicruzense de História Artes e Letras (AMHAL), com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA

CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS

  • 2021 - Selecionada para a 6ª edição da revista SerEsta - A VIDA E OBRA DE MANUEL BANDEIRA , com o texto INILUDÍVEL ;
  • 2021 Selecionada para a 7ª edição da revista SerEsta - A VIDA E A OBRA DE CECÍLIA MEIRELES com o texto MEU ROSTO, MINHA CARA;
  • 2021 - Classificada no 56º FEMUP - com a poesia PREPARO A POESIA;
  • 2021 - Classificada na 7ª ed. da Revista Ecos da Palavra, com o poema CUEIROS ;
  • 2021 - Classificada na 8ª ed. da Revista Ecos da palavra, cujo tema foi "O tempo e a saudade são na verdade um relógio". Poema classificado LIBERTE O TEMPO;
  • 2022 - Classificada no 1º Concurso Nacional de Marchinhas de Carnaval de Araçatuba, com as Marchinhas EU LEIO e PÉ DE PITOMBA;
  • 2022 - Menção honrosa na 8ª edição da Revista SerEsta, a vida e obra de Carlos Drummond de Andrade , com o texto DIABO DE SETE FACES;
  • 2022 - Classificada na 10ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema mulher e mãe, com o texto PLANETA MULHER;
  • 2022 - Classificada na 20ª ed. Revista Inversos, tema: A situação do afrodescendente no Brasil, com o texto PARA PAGAR O QUE NÃO DEVO;
  • 2022 - Classificada na 12ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema Café, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2022 - selecionada para 1ª antologia de Prosa Poética, pela Editora Persona, com o texto A FLOR DE BRONZE;
  • 2022 - Selecionada para 13ª edição da Revista Ecos da Palavra, tema MAR, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 2ª edição da Revista Mar de Lá, com o tema Mar, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 3ª Ed. da Revista Mar de Lá com o microconto UM HOMEM BEM RESOLVIDO;
  • 2022- Classificada com menção honrosa no 34º Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O CORTEJO DA MARIA ROSA;
  • 2022- Classificada pela Editora Persona com o conto policial QUEM É A LETRA L;
  • 2022 - Classificada no Concurso da E-33 Editora, Série Verso e Prosa, Vol.2 Tema Vozes da Esperança, com o poema POR ONDE ANDAS, ESPERANÇA? ;
  • 2023 - Classificada na 15ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema VENTO;
  • 2023 - Classificada para coletânea de poetas brasileiros pela Editora Persona, com o poema CUEIROS;
  • 2023- Selecionada na 23ª ed. da revista Literária Inversos com tema "Valores Femininos e a relevância do empoderamento e do respeito da mulher na sociedade contemporânea", com o poema ISSO É MULHER;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Contos de Humor, Editora Persona, com o conto O PÃO QUE O QUINZIM AMASSOU;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Poesias Metafísica do Eu, Editora Persona, com o poema QUERO OLHOS ;
  • 2023 - Selecionada pra a 11ª Edição da Revista SerEsta, A vida e obra de Paulo Leminsk, com o poema EL BIGODON DE CURITIBA ;
  • 2023 - Classificada no 1º concurso de poesia do Jornal Maria Quitéria- BA, com o tema " Mãe, um verso de amor", com o poema UM MINUTO DE SILÊNCIO À ESSAS MULHERES MÃES;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol. 4, tema Vozes da Solidão, editora E-33, com a crônica A MÃE;
  • 2023 - Selecionada para a 9ª ed. da Revista Mar de Lá, como poema O POETA E A AGULHA;
  • 2023 - Classificada no concurso de Prosa Poética , Editora Persona, com o texto QUERO DANÇAR UMA MÚSICA CONTIGO;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.5, tema Vozes do Sertão, editora E-33, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.6, tema FÉ, Editora E-33, com o poema OUSADIA POÉTICA;
  • 2023 - CLASSIFICADA para a Antologia Embalos Literários, Editora Persona, com o conto SEM AVISAR;
  • 2023 - Classificada na 18ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema FLORES, com o poema O PODER DA ROSINHA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.7, tema AMIZADE, Editora E-33, com o poema AMIZADE SINCERA;
  • 2023 - Classificada em 8ª posição no Prêmio Castro Alves, na 33ª ed. Concurso de Poesia com temática Espírita, com o poema SOLIDARIEDADE;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.8, Vozes da Liberdade, tema , Editora E-33, com o poema REVOADA;
  • 2023 - Classificada para a Antologia Desejos profundos - coletânea de textos eróticos , Editora Persona, com o poema AGASALHA-ME;
  • 2023 - Classificada para antologia Roteiros Adaptados 2023 - coletânea de textos baseados em filmes, Editora Persona, com o texto BARBIE, UMA BONECA UTILITÁRIA;
  • 2023 - PRIMEIRO LUGAR no Concurso , edital 003/2023 - Literatura - seleção de projetos inéditos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Araçatuba, com o livro infantojuvenil DENGOSO, O MOSQUITINHO ANTI-HERÓI;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea Cronistas Contemporâneo, pela Editora Persona, com o texto A CONSTRUÇÃO DE UMA PERSONAGEM;
  • 2024 - Classificada para 19ª edição da Revista Literária Ecos da Palavra, com o poema A PASSARINHA;
  • 2024 - Classificada para a 13ª edição da Revista Mar de Lá, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea "Um samba no pé, uma caneta na mão", tema carnaval, pela Editora Persona, com o poema DEIXA A VIDA TE LEVAR;
  • 2024 - Selecionada para compor a coletânea "Revisitando o Passado", promovido pelo Projeto Apparere, com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea de Poetas Brasileiros,2024, Editora Persona, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Antologia JOGOS DO AMOR, promovida pela Revista Conexão Literária, com o tema O jogo do amor, poema classificado: TENHO MEDO;
  • 2024- Selecionada para 20ª ed. da Revista Literária Ecos da Palavra, com o tema INFÂNCIA, com o poema DEBAIXO DE UMA LARANJEIRA;

segunda-feira, 29 de junho de 2020

CHORO DE SAUDADE



Amigo, se ainda tens força para
de saudade falar,
não queiras saber da minha.
Lembrar-me dela, deságuo...
Invadiu-me num vazio tão de repente
que nem sei mais o que sinto
quando tudo tem cor, cheiro e sabor de saudade.
Compõe-me com tanta voracidade
que penso querer levar-me consumida.
Amigo, quem, hoje, tem mais força
que as lágrimas que vertemos?
Saudade é marca que o tempo
não consegue apagar
das nossas raízes.
Amemos, pois! Amemos, amigo!
Há outro meio mais eficaz
de dar vida à saudade?
Precisa de nós tanto quanto
dela carecemos.
Se não fosse ela, agora,
não diria o quanto preciso dizer:
Amo!
Amo com um amor maior que esta saudade
que precisa me dominar.
Não se trata de um amor qualquer.
Não é amor interesseiro,
de querer o outro,
mas de querer a vida.
Vida substanciada com outras.
Amigo, se te encontras como eu, vem!
Soma tua saudade à minha.
Dá-me tua mão e juntos choraremos.
Que alívio, Amigo!
Que alívio saber que saudade
é dor de gente como nós.
Rita Lavoyer

A FLOR DE BRONZE



Este texto, de 22/09/2011 , republico-o novamente porque foi um dos 3  selecionados pela UBE para ser publicado no Jornal O Escritor- edição 136 - 08/2014, promovido por essa Instituição. Fico contente porque entre tantos que possivelmente encaminharam os seus trabalhos, o meu ganhou destaque. Tai, gostei! Rita .

           Ela levantou-se, abriu a cortina do quarto e a luz do dia ofuscou-lhe os olhos. Da janela de vidro ela não podia enxergar o que se passava do lado de fora. A neve encobria tudo enquanto era inverno. Ela correu até a sala e avistou sobre a mesa de jantar um sino das antigas. Trazia um formato de flor com gotas na sua composição. Ela projetou nele vários tempos, tirando variados sons.

          A menina o pegou, apertando o na mão. Com o polegar ela o esfregava de vez em quando. Abriu a janela para sentir o ar fresco que trazia o cheiro de cio que os animais exalavam. Ela os via correndo pelo jardim. Esforçou uma subida na cadeira de balanço para alcançar o assento. Aconchegou ali o seu corpo sedutor. Era primavera e ela via a vida se fazendo lá fora. O vento que adentrava aquela sala balançava-lhe a saia, erguendo-a. Movimentava a cadeira de balanço para auxiliá-la na investida. A flor suou entre os seus dedos. Soou naqueles lábios um sorriso de satisfação que ela selou com o polegar.

          O calor derretia o metal que compunha o punho daquela mulher, deixando gravado nela o cheiro fiduciário de azinhavre. O algodão esquentava-lhe o corpo. Postava-se de tempo em tempo entre as janelas abertas que não atraiam o vento que, escasso, findava-se por ocasião do ocaso. O suor ardeu o corpo daquela senhora. O que lhe corria na face, ela enxugava com o polegar, enquanto os outros dedos agarravam-se ao seu sino de flor. Soou o tombar do dia.

          É época de ela colher os frutos do seu tempo. Forçou um movimento e, de leve, pode ouvir o vento. Passou-se o tempo, o vento. Não era mais sino havia estações. A flor não passou da sua mão. Estava sem o brilho antigo que a revestia. Tinha ferrugem. As gotas que compunham sua ornamentação caíram. O badalo consumiu-se no seu polegar. Ela pretendia fazê-la soar. Não houve som naquela flor.

          A velha olhou o lado de fora e avistou o escuro. Nele reluzia uma neve branca. No meio dela uma margarida vermelha destoava daquela estação. Solitária, ela abriu a sua porta e saiu no tempo.O vento frio ardia-lhe a face. Os seus passos afundavam na neve. Na investida, deixou cair o que lhe restava da flor de bronze. Sem esperar o dia amanhecer e não cedendo nenhuma polegada, jogou-se para alcançar aquela primavera antecipada.

Autoria RITA LAVOYER, membro da Cia dos Blogueiros e UBE

domingo, 28 de junho de 2020

SIMPLICIDADE



 Como plantar sementes? | Blog da Plantei
*Rita Lavoyer

A simplicidade não nasce assim, do nada.
É trabalho árduo em nossa pedra bruta
que carece ser burilada.
E se a pedra em manto se fizer
que o aconchego dele nos cubra,
desnudando-nos de bagagens impróprias
para mais leve tornar-se o nosso caminhar
ao encontro das coisas simples e belas no nosso retiro.
A simplicidade é tão óbvia que só os sábios a querem.  
Ela transforma silenciosamente
uma semente em flor,
que, também, não espera admiração.
Há excelência mais simples que essa?



quinta-feira, 25 de junho de 2020

DEBAIXO DA LARANJEIRA


Laranjeira com frutas, beautigul dirigiu de laranja | Foto Premium

Menina de sarda e de trança
faceira, eterna criança
brincava de sonho e boneca
era alegre e levada da breca.

Vivia nas pontas dos pés
corria, pulava, dava piruetas
fugia com as borboletas
banhava-se nos igarapés


Do pomar ia para o jardim
era sempre alegre,  assim:
quimera, primavera, verão,
outono, inverno e paixão.

Seu tempo voou desvairado.
Coitado! Ele se apaixonou
pela menina que não tinha idade
e o tempo para ela parou.

A verdade sobre a idade dela
quem conta são as vidas faceiras
que brincam  na face da menina
debaixo da laranjeira.


Rita de Cássia Zuim Lavoyer - Araçatuba- SP

sexta-feira, 19 de junho de 2020

APERTO DE MÃO


Rita Lavoyer


Sabe-se que o aperto de mão é um dos cumprimentos mais antigos da humanidade.  A história vem lá dos faraós do Antigo Egito que acreditavam que os poderes lhes eram atribuídos quando as divindades lhes estendiam as mãos. Amanhã, dia 21 de junho, é o dia internacional do aperto de mão.  Nessa vida o que não nos faltam são apertos, principalmente para os refugiados cujo dia mundial comemora-se hoje, 20/06. 


Apertar as mãos de outras pessoas significa muitas coisas: inclusive fazer pose para fotos após selar algum negócio. Há apertos de mãos em que um dos pares ri para não chorar. O “aperto” é aperto mesmo, quase quebrando os ossos, como um código a ser decifrado:  “faz o que proponho senão os ossos quebrados serão o da tua cara”.







No livro: “The Definitive Book of Body Language” – O livro definitivo da linguagem corporal, explica que: “quem a coloca pelo lado superior, com a palma virada para baixo, tem a intenção de ter o controle do encontro. O mesmo ocorre de forma inversa. Ao posicionar a mão de forma inferior, você indica submissão, demonstrando que a outra pessoa pode ter controle naquele momento.”



Na Índia, as pessoas se cumprimentam e comem com a mão direita, porque a esquerda é impura; não usam papel higiênico, mas se lavam.  Lá, o que a esquerda faz a direita já nasce sabendo, sem promoverem vingança uma a outra. Aliás, hoje é o dia da vingança. Ontem, amanhã também.  Aliás todos os dias é dia de alguma coisa.
Quem é o estressado que vai comemorar isso? 
Melhor ir pescar. Parabéns, pescador! Dia 29/06  é o seu dia também.


Um pouco sobre o dedo.  A mão fechada com o polegar apontado para cima, em alguns países, é sinal de aprovação. No facebook é “curtir”, mas no Afeganistão é um ato muito obsceno. Sei não, vai ver que o polegar erguido é uma metáfora. Quem sabe dos traumas que Alexandre, o Grande, cravou naquele povo quando explorou aquele território há séculos? 
E por sofrerem repetidas invasões ao longo da história, hoje, quem fizer um “chimite” a um afegão sem querer, vira homem-bomba e não lhe
sobra tempo nem para curtir um aperto de mão. 

Na Arábia, arrotar após as refeições é sinal de educação; e um Sheik pode, simplesmente por ser um Sheik, fazer uma “proposta indecentemente irrecusável” a você, caso ele, estando estressado, o veja no hall de um luxuoso hotel de lá e o ache boa companhia para uma peixada regada a vinhos.  Nesse caso, o aperto de mão entre ambos pode ser diplomático. Não quero nem saber qual dos dois arrotará primeiro após a pescaria.   

Em algumas tribos do Tibet, mostrar a língua é um ato de cumprimento. E do Tibet encontrei esta filosofia: "É melhor ouvir uma vez do que ouvir muitas." Isso justifica mostrarem a língua.   

Tapinha nas costas durante um cumprimento é falta de educação em algumas culturas.  Um aperto de mão já é suficiente. Na política brasileira, tapinha nas costas dá direito a viagens em jatinhos particulares com estada em hotéis de luxo totalmente paga, e apenas um aperto de mão sela o silencio do político com seu mantenedor.

Há toques de mãos que mais se parecem a um fio descascado ligado em alta tensão. É cada choque que a gente recebe que nossos cabelos ficam tostados. Depois os nossos olhos liberam faíscas e maledicentes dizem que nós temos TPM. 

Enfim, há aperto de mão mais forte, mais suave, com e sem vontade.  Há aperto de mão que nos faz arrepender pelo resto da vida e aperto de mão que a gente nunca mais quer que se desfaça. 

O aperto de mão é rico em significados e pode revelar muito sobre nós, produzir efeitos marcantes.

Pense que seu aperto de mão não é mera formalidade. Não deixe isso para amanhã, estenda a sua mão, faça-se porto seguro para outra mão que talvez necessite refugiar-se no conforto do seu cumprimento.

Estendo-lhe a minha para que sobre ela coloque a sua. Mas sem estresse, tá? Não curto pescaria.  

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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Cultura pede socorro a poder público em carta

Matéria  do Jornal HojeMais Araçatuba, de 15/06/2020

https://www.hojemais.com.br/aracatuba/noticia/cultura/cultura-pede-socorro-a-poder-publico-em-cartanbsp


Texto elenca pautas consideradas urgentes pela classe artística, como a tomada de posse por novos membros do conselho

Manu Zambon - Hojemais Araçatuba
 15/06/20 às 17h42



Carta foi enviada ao secretáro de Cultura, Sérgio Tumelero, Prefeitura e Câmara (Foto: Manu Zambon/Hojemais Araçatuba)
Artistas, gestores e produtores culturais de Araçatuba (SP) se reuniram e produziram uma carta com assuntos considerados urgentes pela classe nesta pandemia. O texto com 158 assinaturas de artistas e 17 grupos, associações e espaços difusores de cultura, foi enviado por e-mail na tarde desta segunda-feira (15) à Prefeitura, Câmara e Secretaria Municipal de Cultura.
Na redação, os profissionais relatam estarem aflitos com a situação de isolamento social e confinamento, que atingiu de maneira considerável os trabalhos da classe artística em todo País. Ainda segundo eles, a área cultural foi a primeira a interromper suas atividades e como já divulgado no “Plano São Paulo”, deve ser a última a retomar a rotina.
Em razão disso, o grupo destaca que os artistas estão passando por necessidades sem o básico para a sobrevivência. 
Conselho
A carta aborda 11 pautas urgentes que visam atender às demandas e pede um posicionamento público dos Poderes. Os temas estão elencados por ordem de prioridade. Sendo assim, o primeiro item apontado pelo grupo diz respeito ao Conselho Municipal de Políticas Culturais, que desde março está descomposto. 
Sendo assim, a demanda pede a tomada de posse de novos membros no conselho e por conta do distanciamento, sugere que isso seja feito no formato on-line. O conselho é um órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, com a participação também da sociedade civil, que tem entre suas funções, a de aprovar projetos inscritos em editais e gerenciar o Fundo Municipal de Políticas Culturais.
Em abril, a Prefeitura havia confirmado ao Hojemais Araçatuba que os segmentos que compõem o conselho estavam encontrando dificuldade em enviar a indicação de seus representantes, razão pela qual ainda não havia sido possível nomear o novo conselho biênio 2020-2022.
Pautas
Outros temas foram levantados pelo grupo durante as três reuniões virtuais que aconteceram em junho. Um dos itens sugere o mapeamento e cadastro dos artistas araçatubenses em situação de vulnerabilidade econômica comprovada e a inclusão de profissionais da área cadastrados pelo mapeamento no programa municipal “Merenda no Lar”.
A carta também pede verba emergencial complementar para artistas que se enquadram em situação de risco, principalmente os que não têm a possibilidade de trabalho virtual. O texto ainda destaca a criação de uma comissão emergencial com os artistas para a elaboração e formalização de medidas que atendam os editais já aprovados pela Secretaria Municipal de Cultura,  em 2019.


Seguem os demais tópicos:
Liberação e disponibilização da infraestrutura de espaços públicos da Secretaria Municipal da Cultura e da Prefeitura, como teatro e equipamentos, para possibilitar a criação de conteúdos pelos artistas de todos os segmentos, a fim de disponibilizá-los de forma remota para o público ;
-  Articulação com espaços culturais independentes para que possam oferecer também sua infraestrutura para a criação dos conteúdos artísticos acima citados;
Elaborar editais emergenciais que atendam às demandas de apresentações e/ou atividades formativas das diversas linguagens artísticas ;
Articulação da Secretaria Municipal da Cultura com as instituições Senac, Sesi, Sesc, Sest/Senat e/ou com empresas privadas para colaborar com as medidas emergenciais;
Criar e elaborar juntamente ao Conselho Municipal de Políticas Culturais uma plataforma virtual dentro do site da Prefeitura Municipal com uma área exclusiva para a Cultura, ou mesmo em outras, como YouTube;
Elaborar protocolos da covid-19 de acordo com os órgãos reguladores específicos para os equipamentos culturais, a fim de garantir a saúde de todos os profissionais envolvidos, quando da realização das ações sugeridas neste documento.
“Entendemos que os primeiros socorros emergenciais se deram no intuito de atender a área da saúde, preservando-a, salvando vidas e amparando a população mais vulnerável. Porém, desde que a pandemia foi decretada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 17 de março, não houve nenhum posicionamento da Prefeitura de Araçatuba, Secretaria Municipal da Cultura e Câmara dirigindo-se à classe artística da cidade, tranquilizando-a, apontando ou apresentando mecanismos que a classe clama”, ressalta um dos trechos do texto.

5 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa


O dia 15 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data foi instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa.

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Só no Brasil, existem quase 20 milhões de pessoas idosas. Isso representa 11% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Censo 2010.

As projeções apontam, também, que em 40 anos o percentual de pessoas idosas deve triplicar no Brasil, aproximando-se de 29,7% da população. Segundo tais projeções, em 2050 haverá duas vezes mais idosos do que crianças na sociedade brasileira.

Para garantir o envelhecimento da população de forma saudável e tranquila, com dignidade, sem temor, opressão ou tristeza, precisamos trabalhar intensamente na prevenção da violência e na identificação e no encaminhamento correto de casos de violência e, em especial, temos que preparar as novas gerações com informações, materiais e recursos educacionais, de forma a assegurar um envelhecimento digno e saudável.

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/…/con…/conteudo.php….
Fontes consultadas:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível em: <www.mds.gov.br>
Notícias JusBrasil. Disponível em:
Portal ONUBR. Nações Unidas no Brasil. Disponível em: <www.onu.org.br>
Portal do Envelhecimento. Sua rede de comunicação e solidariedade. Disponível em:

sábado, 13 de junho de 2020

13 de junho. 132 anos de Fernando Pessoa



E AÍ, PESSOA!

E aí, Pessoa!
Foste, mas deixaste tantas marcas em mim.
E aí, Pessoa!
Nas pessoas que és procuro-me,
Encontro-te esmiuçado,
imensamente grande, esmiuçado.
Por estes homens que registras
escreveste histórias,
compuseste poemas...
“I know not what tomorrow will bring"
Efemérides...
Foste todos os teus em um
e um teu em todos.
Humanista,
modernamente existencialista.
Uma telha, um tijolo:
terra e água, fogo e ar.
És o quinto elemento em única molécula
de Inconjuntos nas infinitas sinestesias.
E aí, Pessoa!
Criaste personas, heterônimos e semi-heterônimos,
com psicografias que lhes convém
simbolista, futurista.
“I know not what tomorrow will bring"
Foste todos os sonhos do mundo, o nada...
E aí, Pessoa!
Mestre sem formação em linha reta,
doutor com pé na monarquia,
foste “tantas vezes reles,
tantas vezes porco,
tantas vezes vil”.
E aí, Pessoa!
Pastor Amoroso desta língua que nos roça,
inventaste borboleta na janela
por saberes justa a natureza.
E aí, Pessoa!
Sobrevivente de ti mesmo
por não saberes quantas almas tens
fingiste tão completamente que
me arrebanhaste, Guardador,
com as tuas cartas de amor ridículas,
epítome de amores de todos os tempos,
para as tuas construções
que deixaste, como legado,
à arte de existir.
E aí, Pessoa!?
Por Presságio, calo-me, pois
sinto que é melhor calar-me
para não revelar o quão ridícula sou
quando escrevo cartas de amor
sobre os tempos em que sofri,
e de outros em que fui feliz no amor.
Posso revelar-me pessoas
nas minhas e nas tuas pessoas
porque eu não sei
“Eu não sei o que o amanhã irá trazer"
Por enquanto, necessito ser apenas uma,
lendo a minha solidão no que fostes, Pessoasss!
Por Rita Lavoyer

quinta-feira, 4 de junho de 2020

SAI, ONARÁ !


Sai, Onará!

Tudo começou porque o senhor Onoru, papai de todos, estava estressa com
 a vida na feira. Desenvolveu tique nervoso e urticárias. Tinha passado do tempo
 de a sua bomba explodir. Tentando evitar uma tragédia,   Onuru, runiu seus filhos.

_ Papai estressado, né! Filhinhos  viajar com papai. Arrumar malas agora!

Filhinhos, quatro marmanjos de bíceps, tríplices e  quadrúpedes bem 
desenvolvidos, juntaram as bugigangas e prepararam a última refeição
 antes de pegarem o vôo.

A casa do quinteto que exalava cheiro apetitoso de pastel recheado de repolho
 refogado e shoyo.  De barriga cheia rumaram para o aeroporto.

_ Esperar papai chegar de serviço cansa, né! Disse Onoro , o varão da família.

_ Papai levar filhinhos passear aonde? – Perguntou Onoro, o varão mata piolho.  

_ Lugar de desestressar tem nome? – Perguntou o fura bolo  Oniri.

_ Papai levar filhinhos para uma cidade bem alegre onde ninguém amarra bode. Lá, mesmo tendo pavio curto, homem nenhum explode.

E foi assim que a historinha começou. Desentenderam-se, logo na chegada, 
com a expressão alegre daquela galera.   Era “tchê” da gauchada contra “tchá”
 da japonesada.

 Papai Onuru, muito experiente, contratou um professor que os ensinassem 
a falar aquele tal de “Tchá!”

_ Bah! Um  professor de “Tchê!” – alguém o corrigiu!

Exemplar, o mestre dos não desistiria enquanto aquela família  não aprendessem
 a falar corretamente o “tchê”. E foi na aula que começou a confusão.

O Onere, vizinho do mindinho,  não quis nem saber. Saiu correndo quando viu
 a régua do professor de “tchê”

O Oniri, fura-bolo, quis logo desistir, porque o pavio dele já ia explodir.

O Onoro os olhos arregalou: -  Professor de “tchê”  não é garantido?!

O Onuru, papai de todos, fugindo, mandou o professor parar com aquele “tchê”
E começaram a gritar:

- Sai, Onará!  Sai, Onará! Deixe o professor senão vai apanhar! 

O Onará, filho mais novo de Onuru, entrou falando “tchá” e saiu, para
descontentamento  da família, com aquele tal de “tchê”

Onuru, Papai de todos entrou em desespero:

_ Entrou o Onará com “tchá”. Saiu o Onará com “tchê”!?

E começaram a gritar:

_ Sai Onara! Sai Onará! Sai Onará senão vai apanhar!

O Onará, todo empenhado, da aula não queria mais sair. Onuru e os filhos
 entraram em desespero e começaram a gritar:

- Sai Onara! Sai Onará! Sai Onará senão vai apanhar!

E aquela gente alegre  ficou muito valente  quando viu  o  pavio  curto daquela
japoneses.  Saiu cada um com pau nas mãos  para  proteger  o professor de
“tchê”.  Cada um, naquela confusão, saiu com pau na mão para defender 
o professor de “tchê”

Entrou o Onará com “tchá”, saiu o Onará com “tchê”

Naquela confusão, Onará  quis se pronunciar.
- Bah, papai! Deixa de estresse! Já aprendi a falar “tchê”.

A urticária do Onuru dava  sinais de que ia aumentar e, diante daquela cena,
 começou a se coçar. E na sua dança de coça-coça- paus foram deitados ao chão.

Entenderam o chamado  e no centro de uma roda celebraram a união.

Onará confessou quer trocar o saquê pelo chimarrão. Usará bombacha, fará
 churrascada  e dançará fandango. Já que achou seu par, adotará
três guris para preencher-lhe os dedos da mão. Chorou voltar para casa
sem o seu caçula mindinho. Mas ganhou  mais um filho nas mãos.

- Sayonará, Onara, meu filhinho! Volte para nossa casa quando você precisar.
 Leve também seu esposo professor, que já vai no meu coração e
 é mais um filho que tenho.  

Sayonará, meu filho Onará. Sayonará, tchê, meu genro.













quarta-feira, 3 de junho de 2020

Meu sono por uma cabrita




    Tendo insônia, usei de um artifício e concluí  que  quem inventou que contar carneirinhos ajuda a pegar no sono é pra lá de um asno. Deitei e usei todas as forças do meu pensamento para construir uma cerca imaginária. O lado que intuía segurá-la trabalhava bem, mas o lado do cérebro que tinha que buscar os animais para  serem contados não deu conta, por isso deixei a cerca cair. Acionei o meu cerebelo e comecei a imaginá-los.  Estava quase desistindo quando consegui pôr a carneirada na fila. Segurei-os na ordem e ergui a cerca. Ufa! Que canseira me deu. Acertei a minha cabeça no travesseiro e comecei:

  – Um...

   Ele não foi.

  – Um...Um...

  Ele não foi de novo.

 – Pula, vai! – eu gritei.

E nada de o bicho pular a cerca. Ergui o braço e dei com a mão na traseira dele. Aí a fila andou. Onde pula um carneiro, pula uma carneirada.

Fui contando. Já estava no 20 quando dei por mim que o bicho olhado de baixo para cima é feio demais e comecei a ficar com medo de um deles cair em cima de mim. Encolhi-me, fiquei na beiradinha da cama: precaução.  O  21  empacou, era muito gordo. Sentei-me na cama, estiquei o pescoço, enfiei a cabeça debaixo daquela coisa, dei um impulso e  o joguei para outra banda. O 22 quis folgar, mas meti-lhe um bicudo que ele se espatifou na ribanceira. O 23 ficou com medo e seguiu seu rumo. O 24 foi terrível! Vendo que eu já estava “macha”, arregalou suas purpurinas e ao invés de seguir em frente deu ré.  Hã! Agarrei aquele bambi pelas pernas e pinchei o danado longe.

A essa altura já ganhava  o respeito merecido. Começaram a pular tão depressa que perdi a conta. Num surto pularam dois,  oito, dez  e aí já não eram mais carneiros, eram bodes, cabritas e outros que não dava para eu ver.  Foi um estouro só. Quebraram até a cerca. De repente me vi pastoreando o rebanho. Já não aguentava mais. Os meus pés pesavam, o lombo ardia e os olhos só queriam descanso. Missão cumprida - pensei, já posso dormir como uma boa pastora. Que nada! Não foi que se desgarrou uma cabrita?!  Não falo? A gente usa desses artifícios de contar carneiros para dormir aí vêm essas coisas boicotar o sossego da gente.

– Que suma! – eu disse. - Sou mulher de dar trela pra cabrita?

Lembrei-me de quando eu ia ao catecismo e o padre falava alguma coisa sobre isso: de ovelha desgarrada- não de cabrita-, deve ser a tal metáfora.

 Larguei o rebanho e fui atrás da excomungada. Desci vales, subi montanhas, desbravei florestas e nada de encontrar a bicha. Ouvi um berrinho, ecoava como que me chamando: “venha cá, Rita!”   Era ela. Tinha certeza!  Precisava de um cavalo, pangaré ou asno que fosse. O sono me consumia, mas  fui valente. Já me sentia  nas nuvens quando gritei: “ - Meu sono por uma cabrita!!!”

 O delírio foi tanto que  não me dei conta de quantas vezes  gritei.  Só sei que a família toda levantou bufando. Expliquei que tentava pegar no sono,  uma cabrita se desgarrou e eu precisava devolvê-la ao rebanho.

Além de não acreditarem, ainda me acusaram de não deixa-los dormir com o meu ronco. Pode? Como ronquei se estava com insônia? Era o berro daquela cabrita do cão, isso prova a minha verdade.  Eu não ronquei!!

Cabrita desgarrada..., por causa dela perdi o sono de vez!  Ronco... Sou lá mulher de roncar??