Penso ser a guerra inexequível. Mas para torná-la exequível, homens de boa vontade em promovê-la reúnem-se para discuti-la. Pensando-a possível, arregaçam as mangas para promovê-la. Colocam em prática o PODC. Planejam, Organizam, Dirigem e Controlam. Para isso, o homem é capaz de se reunir, fazer amigos para alcançar o que deseja. O homem pode! E junto aos seus iguais, executam o que planejaram dias seguidos, consumindo-lhes noites de sono, reuniões familiares, refeições saudáveis em horários corretos. Estressam-se, brigam entre si nesse grupo de iguais para verem os projetos no papel concretizando-se em explosões. Conseguem tornar a guerra exequível. Executam-na, e em seguida executam-nos. Tornam-se ‘experts’ no assunto. Isso é dom do homem.
É impressionante, penso eu, como nós, seres humanos, embora não muito dentro do processo evolutivo para sermos considerados de fato Homens, não temos mais a capacidade de nos indignarmos com o que vemos de errado. Algumas barbáries já são tão comuns entre os “civilizados”, que se destaca mais entre um grupo, o homem que menos se compadece com fatos que, a princípio, deveriam nos chocar.
Quando penso que eu já não estou mais contida no outro, porque ele esgota-se em si mesmo, sinto-me dentro de uma vala comum em que todos somos descartados. Não estamos mais habituados a nos compadecermos com o próximo, porque o meu próximo, de preferência, é o último da fila. E eu não o vejo, uma vez que a fila dobra a esquina. Logo eu já nem sei mais quem é o meu próximo.
Então, que cada um sofra as suas consequências, porque eu também tenho as minhas e cada um por seu umbigo, e o mundo gira como a minha cabeça também gira quando eu a coloco no travesseiro, e a minha consciência não se aquieta, enquanto não me disser tudo apontando o dedo no meu nariz.
Confesso: nem eu mesma aguento o discurso da minha consciência. Afinal de contas, amanhã é outro dia e eu preciso dormir para repor as energias que eu gastei hoje. Mas a minha consciência quer me ensinar que ela não se esgota sozinha e necessita ‘viver’ contida em mim. No que eu lhe grito para ver se ela me esquece: “Sou aprendiz, vai procurar um profissional!”
Então eu chorei, e fui buscar consolo no meu livro “Fonte de vida”, o abri exatamente na página 321, cujo texto traz o título “Ajudemos a vida mental”. Veja um fragmento dele:
“Não nos esqueçamos, pois, de que abençoada será sempre toda colaboração que pudermos prestar ao povo, em nossa condição de aprendizes. Ninguém precisa ser estadista ou administrador para ajudá-lo a engrandecer-se. Boa vontade e cooperação representam as duas colunas mestras no edifício da fraternidade humana”.
Diante de tão grandioso ensinamento, aprendi que: quando as lágrimas nos vêm e em Deus buscamos ajuda, uma resposta à elas nos será dada imediatamente.
Acreditei nisso e me conscientizei de que tendo eu o dom do aprendizado, as minhas lições apreendidas não devem ser guardadas. Quanto mais eu as libero, mais ainda elas estarão contidas em mim. Assim entendo que eternamente devo ser aprendiz para eu não ter medo agir com medo de errar. O aprendiz pode!
Voltando ao assunto ‘guerra’, entendi que aprendizes, meu próximo e eu, se quisermos, conseguiremos reconstruir o que ‘experts’ destroem. Podemos fazer um jardim onde há escombros, para isso, basta arregaçarmos as mangas. No concreto também nasce flor. É utopia? Se a guerra nunca foi, porque a PAZ deve ser assim considerada? Cumpramos bem o nosso papel de aluno na cartilha do bem, porque a nossa vida pede paz, e a paz pede urgência e eu preciso de você que é o meu próximo, e que me completa, para eu encontrar a minha paz.
3 comentários:
Glória in excelsis Deo et pax omnibus bonna voluntatis.
Aleluia!
Concordo com Dom 'Hamilton Mirtus':
Belissima homilia, minha carissima irmã...
Aleluiah!!!
Sempre disse que o Mal não é forte,
E sim, o Bem que se faz fraco.
Tudo começa na Vontade,
Cada um tem sua Escolha,
Plantando flores
As borboletas vem...
Postar um comentário