CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS LITERÁRIOS

PREMIAÇÕES LITERÁRIAS

2007 - 1ª colocada no Concurso de poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia O FILME;

2010 - Menção Honrosa no Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto A CARTA;

2012 - 2ª classificada no Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O BEIJO DA SERPENTE;

2012 - 7ª colocado no concurso de blogs promovido pela Cia dos Blogueiros - Araçatuba-SP;

2014 - tEXTO selecionado pela UBE para ser publicado no Jornal O Escritor- edição 136 - 08/2014- A FLOR DE BRONZE //; 2014 – Menção honrosa Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto LEITE QUENTE COM AÇÚCAR;

2015 – Menção honrosa no V Concurso Nacional de Contos cidade de Lins, com o conto MARCAS INDELÉVEIS;

2015 - PRIMEIRA CLASSIFICADA no 26º Concurso Nacional de Contos Paulo Leminski, Toledo-PR, com o conto SOB A TERRA SECA DOS TEUS OLHOS;

2015 - Recebeu voto de aplausos pela Câmara Municipal de Araçatuba;

2016 – 2ª classificada no Concurso Nacional de contos Cidade de Araçatuba com o conto A ANTAGONISTA DO SUJEITO INDETERMINADO;

2016 - classificada no X CLIPP - concurso literário de Presidente Prudente Ruth Campos, categoria poesia, com o poema AS TUAS MÃOS.

2016 - 3ª classificada na AFEMIL- Concurso Nacional de crônicas da Academia Feminina Mineira de Letras, com a crônica PLANETA MULHER;

2012 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - 13ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de abril de microconto Escambau;

2017 - Classificada no 7º Concurso de microconto de humor de Piracicaba.

2017 - 24ª classificada no TOP 35, na 2ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 15ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 1ª classificada no concurso de Poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia PERMITA-SE;

2017 - 11ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de outubro de microconto Escambau;

2018 - 24ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - Menção honrosa na 4ª edição da Revista Inversos, maio/ com o tema Crianças da África - Poesia classificada BORBOLETAS AFRICANAS ;

2018 - 31ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 5ª classificada no TOP 7, na 1ª semana de junho de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 3ª semana - VII de junho de microconto Escambau;

2019 - Classificada para antologia de suspense -segundo semestre - da Editora Jogo de Palavras, com o texto OLHO PARA O GATO ;

2019 - Menção honrosa no 32º Concurso de Contos Cidade de Araçatuba-SP, com o conto REFLEXOS DO SILÊNCIO;

2020 - 29ª classificada no TOP 35, na 4ª semana - VIII de Prêmio Microconto Escambau;

2020 - Menção honrosa no 1º Concurso Internacional de Literatura Infantil da Revista Inversos, com o poema sobre bullying: SUPERE-SE;

2020 - Classificada no Concurso de Poesias Revista Tremembé, com o poema: QUANDO A SENHORA VELHICE VIER ME VISITAR;

2020 - 3ª Classificada no III Concurso de Contos de Lins-SP, com o conto DIÁLOGO ENTRE DUAS RAZÕES;

2020 - 2ª Classificada no Concurso de crônicas da Academia Mogicruzense de História Artes e Letras (AMHAL), com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA

CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS

  • 2021 - Selecionada para a 6ª edição da revista SerEsta - A VIDA E OBRA DE MANUEL BANDEIRA , com o texto INILUDÍVEL ;
  • 2021 Selecionada para a 7ª edição da revista SerEsta - A VIDA E A OBRA DE CECÍLIA MEIRELES com o texto MEU ROSTO, MINHA CARA;
  • 2021 - Classificada no 56º FEMUP - com a poesia PREPARO A POESIA;
  • 2021 - Classificada na 7ª ed. da Revista Ecos da Palavra, com o poema CUEIROS ;
  • 2021 - Classificada na 8ª ed. da Revista Ecos da palavra, cujo tema foi "O tempo e a saudade são na verdade um relógio". Poema classificado LIBERTE O TEMPO;
  • 2022 - Classificada no 1º Concurso Nacional de Marchinhas de Carnaval de Araçatuba, com as Marchinhas EU LEIO e PÉ DE PITOMBA;
  • 2022 - Menção honrosa na 8ª edição da Revista SerEsta, a vida e obra de Carlos Drummond de Andrade , com o texto DIABO DE SETE FACES;
  • 2022 - Classificada na 10ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema mulher e mãe, com o texto PLANETA MULHER;
  • 2022 - Classificada na 20ª ed. Revista Inversos, tema: A situação do afrodescendente no Brasil, com o texto PARA PAGAR O QUE NÃO DEVO;
  • 2022 - Classificada na 12ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema Café, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2022 - selecionada para 1ª antologia de Prosa Poética, pela Editora Persona, com o texto A FLOR DE BRONZE;
  • 2022 - Selecionada para 13ª edição da Revista Ecos da Palavra, tema MAR, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 2ª edição da Revista Mar de Lá, com o tema Mar, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 3ª Ed. da Revista Mar de Lá com o microconto UM HOMEM BEM RESOLVIDO;
  • 2022- Classificada com menção honrosa no 34º Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O CORTEJO DA MARIA ROSA;
  • 2022- Classificada pela Editora Persona com o conto policial QUEM É A LETRA L;
  • 2022 - Classificada no Concurso da E-33 Editora, Série Verso e Prosa, Vol.2 Tema Vozes da Esperança, com o poema POR ONDE ANDAS, ESPERANÇA? ;
  • 2023 - Classificada na 15ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema VENTO;
  • 2023 - Classificada para coletânea de poetas brasileiros pela Editora Persona, com o poema CUEIROS;
  • 2023- Selecionada na 23ª ed. da revista Literária Inversos com tema "Valores Femininos e a relevância do empoderamento e do respeito da mulher na sociedade contemporânea", com o poema ISSO É MULHER;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Contos de Humor, Editora Persona, com o conto O PÃO QUE O QUINZIM AMASSOU;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Poesias Metafísica do Eu, Editora Persona, com o poema QUERO OLHOS ;
  • 2023 - Selecionada pra a 11ª Edição da Revista SerEsta, A vida e obra de Paulo Leminsk, com o poema EL BIGODON DE CURITIBA ;
  • 2023 - Classificada no 1º concurso de poesia do Jornal Maria Quitéria- BA, com o tema " Mãe, um verso de amor", com o poema UM MINUTO DE SILÊNCIO À ESSAS MULHERES MÃES;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol. 4, tema Vozes da Solidão, editora E-33, com a crônica A MÃE;
  • 2023 - Selecionada para a 9ª ed. da Revista Mar de Lá, como poema O POETA E A AGULHA;
  • 2023 - Classificada no concurso de Prosa Poética , Editora Persona, com o texto QUERO DANÇAR UMA MÚSICA CONTIGO;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.5, tema Vozes do Sertão, editora E-33, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.6, tema FÉ, Editora E-33, com o poema OUSADIA POÉTICA;
  • 2023 - CLASSIFICADA para a Antologia Embalos Literários, Editora Persona, com o conto SEM AVISAR;
  • 2023 - Classificada na 18ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema FLORES, com o poema O PODER DA ROSINHA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.7, tema AMIZADE, Editora E-33, com o poema AMIZADE SINCERA;
  • 2023 - Classificada em 8ª posição no Prêmio Castro Alves, na 33ª ed. Concurso de Poesia com temática Espírita, com o poema SOLIDARIEDADE;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.8, Vozes da Liberdade, tema , Editora E-33, com o poema REVOADA;
  • 2023 - Classificada para a Antologia Desejos profundos - coletânea de textos eróticos , Editora Persona, com o poema AGASALHA-ME;
  • 2023 - Classificada para antologia Roteiros Adaptados 2023 - coletânea de textos baseados em filmes, Editora Persona, com o texto BARBIE, UMA BONECA UTILITÁRIA;
  • 2023 - PRIMEIRO LUGAR no Concurso , edital 003/2023 - Literatura - seleção de projetos inéditos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Araçatuba, com o livro infantojuvenil DENGOSO, O MOSQUITINHO ANTI-HERÓI;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea Cronistas Contemporâneo, pela Editora Persona, com o texto A CONSTRUÇÃO DE UMA PERSONAGEM;
  • 2024 - Classificada para 19ª edição da Revista Literária Ecos da Palavra, com o poema A PASSARINHA;
  • 2024 - Classificada para a 13ª edição da Revista Mar de Lá, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea "Um samba no pé, uma caneta na mão", tema carnaval, pela Editora Persona, com o poema DEIXA A VIDA TE LEVAR;
  • 2024 - Selecionada para compor a coletânea "Revisitando o Passado", promovido pelo Projeto Apparere, com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea de Poetas Brasileiros,2024, Editora Persona, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Antologia JOGOS DO AMOR, promovida pela Revista Conexão Literária, com o tema O jogo do amor, poema classificado: TENHO MEDO;
  • 2024- Selecionada para 20ª ed. da Revista Literária Ecos da Palavra, com o tema INFÂNCIA, com o poema DEBAIXO DE UMA LARANJEIRA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea SOB OSSOS E SERPENTES, da Tribus Editorial, com o conto, com 9.999 caracteres, O BEIJO DA SERPENTE,
  • 2024 - Selecionada para a 21ª Edição da Revista Literária Ecos da Palavra, com o poema REVOADAS;
  • 2024 - Selecionada para a Coletânea de poemas Intimistas Existencialistas, com o tema A Arte do Eu, promovido pela Editor Persona, com o poema GOTAS DA CHUVA ;
  • 2024 - Selecionada para compor a antologia NÓS , textos de autoria feminina pela SELO OFF FLIP, com a crônica MULHER, FONTE DA ÁGUA;
  • 2024 - Classificada na 27ª Edição do Concurso da Revista Literária Inversos, com o tema "Culinária Típica da Festa de São João", promovido pela Academia de Letras e Artes de Feira de Santana (ALAFS) e Academia Metropolitana de Letras e Artes, com o poema SEU ZEQUINHA NO SÃO JOÃO DO NORDESTE;
  • 2024 - Classificada no concurso Literário MEMÓRIAS DE AFETO, promovido pela Lítero Editorial, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2024 - Selecionada para compor a 22ª edição da Revista Ecos da Palavra , temática Animais, com o texto ORAÇÃO DOS BICHINHOS ;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea de Microconto-2024, promovido pela Editora Persona, com o microconto ROSTO;
  • 2024 - Selecionada para compor a coletânea A POESIA SUBIU O MORRO, promovido pela Editora A Arte da Palavra, com o poema PERMITA-SE;
  • 2024 - Classificada para compor a Edição 23 da Revista Ecos da Palavra, com o poema QUANDO EU SENTIR;

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

JOGUE O FETO NO LIXO ; UM CORPO PARA MINHA ALMA e ACHARAM A DONA DO FETO JOGADO NO LIXO

 




Folha da Região, 13/01/2011/Fl. A8. “Feto de 15 cm é encontrado em meio a lixo”

 

TEXTO Nº 1


JOGUE O FETO NO LIXO


Um feto foi encontrado, antes disso, foi jogado. Por favor, jogue o feto no lixo.

Alguém abriu as pernas, outro ali entrou. Não importa o que rolou, engravidou, porra! Jogue o feto no lixo.


A polícia foi chamada no aterro sanitário. Oh! Criminalística entrou no caso, até IML. Dona delegada, não fique tão pasmada, o assunto emocionou a molecada que ali vive plantada, pois o lixo não a repele. Já são comunitárias, pobres crianças, não anteciparam a sua passagem ali. Nasceram com o bilhete atraso. Então, jogue o feto no lixo.


Não importa o centímetro, o tamanho ou comprimento porque é tudo a mesma coisa que ser gerado em ventre sujo ou ser jogado no lixão. Se foi aborto provocado, com ou sem consentimento, quem assume esse compromisso? Vá! Jogue logo o feto no lixo.


Qual a chance de encontrar a autora desse crime, se todo o lixo da cidade é jogado no aterro? Não será o último, como também não é o primeiro. Qual o inconveniente em alguém ficar contente por jogar o feto no lixo?


Esse feto me é tão consanguíneo, eu o gero a todo instante, todos os dias o meu lixo vai pra lá. Eu, você, joguemos nosso feto no lixo, urubu precisa viver.


Ciranda, cirandinha é pica, é pique e pique ou jogue inteiro mesmo, o amor que ali se tinha era pouco e se acabou. Palma, palma, palma e dê no pé! Alguém jogou o feto no lixo.


Feto não é lixo, mas feto lixo é, porque ele foi feito no latão de uma mulher.


Sejamos todos humanitários, salvemos o aterro sanitário, ele precisa de vida. Jogue o feto pra ele.

 

TEXTO Nº 2

 

UM CORPO PARA A MINHA ALMA

 

Ela anda tão vagante, fria e pálida. A minha alma anda assim, perdendo o colorido dos olhos. Sem ele, os meus olhos veem uma alma opaca, vazia.

 A minha alma procura um corpo onde ela possa se encostar, porque o corpo que ela tinha morreu solitário, mutilado, sem ter sido tocado.

 A minha alma procura um corpo que tenha sangue quente correndo dentro dele, para poder aquecê-la da frieza da indiferença.

 A minha alma procura um corpo que lhe devolva as forças perdidas em uma batalha cuja arma era ela própria.

 A minha alma procura um corpo que tenha um coração do lado para pulsarem juntos. Um corpo que possua braços abertos e mãos firmes que permitam ser cumprimentadas após cada vitória.

A minha alma procura um corpo de um ser feito de gente e não de páginas de agenda lotadas, sem ter com ela nenhum compromisso.

 Um corpo não realista, nem simbolista, mas que exista e que esteja em seu tempo e a transcenda o espaço, fazendo-se análogos.

 Um corpo que a recupere da inexperiência dos sentidos, que de suas linhas neo-modernistas edifique sua antiga construção, capacitando-a para sermos nós.

 Um corpo que advogue seus pecados e se refugie nela, e que a socorra na necessidade em que ela se acha.

 Um corpo que feche suas cicatrizes íntimas de alma desprezada, e que a ressuscite do sepulcro em que ela jaz, para que ela descanse em paz na imortalidade.

 A minha alma procura um corpo que está ao seu lado, mas que não a vê.

 

Greissi Diéquisson da Silva e Silva

 

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TEXTO Nº 3

 

ACHARAM A DONA DO FETO JOGADO NO LIXO  


- Nasceu?
_ Nossa, que coisa estranha, não achou?
_ Também, veja de onde veio...

(...)
_Seu nome, criatura!
_ Greissi, com dois ‘ss’, Diéquisson, com dois ‘ss’ também, da Silva e Silva. Tenho pai e mãe.
_ Ainda tem coragem de dizer isso?
_ Próxima!
_ Com licença, eu sou a próxima. O meu nome é Greissi Diéquisson da Silva e Silva. Vim por causa do anúncio.
_ Sinto muito, mas a vaga já foi preenchida.
_ Mas o senhor me chamou, nem conversamos... Tenho estudo!
_ Acabou de ser preenchida, sinto muito.

Quando ela nasceu não lhe deram crédito. Cresceu sem conhecer o respeito merecido.
Era exceção, os pais eram exceção na comunhão dos bens. Eram ambos Silva e Silva. Mas para ela não foi suficiente a carga dos sobrenomes paternos. Ela era a massa, tinha que fazer parte dela. Não queria entrar nas regras, mas as situações a obrigaram. Desejos despertaram na menina feia que chocava a visão dos que tinham coragem para vê-la.

_ Comer aquilo? Nem de olho fechado.

A difamação da alma ingênua de Greissi, com dois ‘ss’, arrancava gargalhadas.

Greissi Diéquisson da Silva e Silva tinha uma alma que tentava se encaixar num corpo cuja face feia não se enquadrava aos padrões. A vida rejeitava-lhe a alma, sem saber dela a consistência.

_ É pegar ou largar. Pra você... dê-se por satisfeita!

Greissi Diéquisson da Silva e Silva recusara aquilo por diversas vezes, para honrar os pais, exceções no meio de tantas regras. Eram os Silva e Silva!

Greissi Diéquisson tinha pai e tinha mãe e tinha registro de nascimento e tinha Registro Geral e tinha Cadastro de Pessoa Física e tinha um corpo e tinha uma alma e tinha dois sobrenomes únicos, compostos de simplicidade.
.
Não houve como, e a princesa na cadeia apanhou também, mas durou pouco a sua passagem por lá. 171, porque já tem 18. Que pena, Greissi!


Foi surrada, comida, cuspida, largada...

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TEXTO Nº 4

 SEM TÍTULO

-  Eu o vejo, meu feto. Eu o jogo para não trazer ao mundo mais uma Greissi Diéquisson da Silva e Silva. O mundo não sabe, meu feto, mas se faço isso, é porque, antes de amá-lo, eu o respeito primeiro. Queria, meu feto, ter estado no teu lugar para não ser obrigada a fazer o que faço hoje. Não tenho medo da condenação. Já fui condenada quando nasci. Aos que leram, ouviram ou ficaram sabendo do feto que foi jogado no lixo, e me julgaram, como esta narradora, eu peço perdão.

Graissi Diéquisson da Silva e Silva

 

 

TEXTO Nº 5


Graissi, o seu nome fictício é tão real quanto a sua história.
História de tantos outros Silvas e Silvas que nasceram excluídos e que foram condenados por palavras escritas, faladas, pensadas antes mesmos de saberem de vocês as causas.

Eu fui a narradora do fato. Perdoe-me os Silvas e Silvas. 

O Texto 2 eu escrevi exatamente para as "Greissis", humanos, que de tanto gritarem em silêncio, deslocaram suas almas dos seus corpos.

 

Rita de Cássia Zuim Lavoyer



 

domingo, 14 de fevereiro de 2021

FILÓSOFO-MAMÃO Autoria- Rita Lavoyer

 

Outra marchinha de carnaval para hoje. Ziriguidum! Ziriguidum!
FILÓSOFO-MAMÃO
Autoria- Rita Lavoyer
Quem não chora não mama
Já dizia o filósofo-mamão
De tanto que chorou, chorou.
Mamou, mamou, mamou.
Mamou tanto que agora
Chora, chora, chora.
Porque a gordura não vai embora....
Quer emagrecer e nem sabe como
Fica só filosofando
“Não sei se bebo ou como.”
Quer emagrecer e nem sabe como
Fica só filosofando
“Não sei se bebo ou como.”
Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há!
Vá comer mamão e pare de mamar.
Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há!
Pratique mais ação, deixe a reflexão.
Então não vamos confundir:
Mamão é fruta que dá em pé...
Tem até o mamão macho
E outra espécie você sabe qual é.
É fruta boa pra dieta
Alivia bem o intestino
Filósofo-mamão é gordo de verdade
E não tem essa finalidade.
Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há!
Vá comer mamão e pare de mamar.

Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há!
Pratique mais ação, deixe a reflexão.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

HERCULIZANTE, HERCULIZADO

 Uma marchinha de carnaval para hoje!




HERCULIZANTE, HERCULIZADO
Autoria – Rita Lavoyer
Você quer crescer e ficar forte
como o Hércules?
como o Hércules ...
como o Hércules ...
Você também quer ser filho de um deus
como o Hércules?
como o Hércules ...
como o Hércules ...
Você quer bater, esparramar,
destruir e construir
como o Hércules?
como o Hércules...
como o Hércules...
Vai aqui um conselho,
Preste atenção ã ão!
Tome um bom fortificante
pra ficar herculizante
Tome um bom fortificante
pra ficar herculizante
Herculizante! - tomou fortificante!
Herculizante! - tomou fortificante!
Mas... cuidado para não se enganar!
- Por quê?
- Se tomar remédio errado vai ficar herculizado...
- Se tomar remédio errado vai ficar herculizado...
Herculizado! – Tomou leite condensado!
Herculizado! – Tomou leite condensado!
Ou herculizante ou herculizado...
Ou herculizante ou herculizado...
E daí?
- E daí! ? não adiante nem chorar.
- Por que?
- o que um herculizante faz
não dá pra consertar.
- Por que?
- o que um herculizante faz
não dá pra consertar.
Herculizante!! Tomou fortificante!
Herculizado!! Tomou leite condensado!
Há há há há

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

AS AMANTES

 




 Por Rita Lavoyer

 

            Dizem que mulher para falar de outra não tem igual. Oh, nem te conto!

            Uma quer ser melhor do que a outra neste particular. E dá-lhe defeitos.

            Vê na outra, geralmente, o que não quer ver em si mesma e cravam a língua.

            Estas são diferentes. Uma vê na outra todo o bem que vê em seus mergulhos íntimos, fazendo-se iguais.

            Uma a outra se viu. Ambas eram uma só na beleza que as pariu. Na confissão de um segredo uma a outra se entregou, sem mais nada a temer, o amor se revelou.

            Foram tantas, tantas, tantas de amassos e batom, o prazer era o fruto daquela concepção.

            Buscam e se acham no corpo uma da outra, no laço de amantes elas não são de fazer fita. Gritam, gemem e se descabelam para não perder seu par. São amantes, são mulheres sem vergonha de amar.

            Só beleza em cada toque de carinhos sem iguais. Depois de tão suadas, os retoques são fundamentais.

            Você, mulher, que tem vontade de ser iguais a estas, não se enclausure, rasgue a sua fenda, sua vida pede pressa.

            Oh, mulher! Seja feliz e procure o seu amor. Ela também a esperar para compartilhar o seu calor.

            Mulher, tenha coragem de ser o que você é!  Para viver com a sua igual, qual mal pode haver? Já nasceu tão mulher e com tanto amor para dar.

            Vá, mulher! Abra os seus braços, corra, grite e cante sem parar.

            Ela também a espera para, com você, formar um par.

            Amem-se, amem-se, amem-se sem medo de serem felizes. Seja a mulher que você é com coragem para amar outra. Saiam de mãos dadas para outras calarem a boca.

            Mulheres gostam de homens, mas há tantas tão vulgares. Seja chique e elegante e apresente a sua amante. Não fique se escondendo igual mulher que trai marido. A sua conduta é outra, defenda a sua libido. Não deixe que a magoem.

 

             Já não basta tanta dor que eu sei que você sente. Por favor, mulher querida, volte-se para você, seja mais presente.

            Você é moderna. Meta logo o pé no balde, não irá se arrepender. Se alguém a criticar mande-o ‘se ferrar’.

            Cada um cuide de si; e você, querida, da sua vida. Vá viver com aquela que lhe é a preferida. Juntas irão vencer a luta.

            Vocês não são diferentes:  vocês são absolutas.

 

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

PRESA QUE É MULHER NÃO SE ABATE

 

   Por Rita Lavoyer 

 

 


            Como numa visão de raio X. Foi assim.

            A mulata trazia em seus olhos uma máquina que comia carnes. Tudo o que podia ver não passava de grades enferrujadas, enfim. Todo o espaço ao seu redor era geometricamente quadrado. Estava ali, mas jurava inocência.

            Não fora ela a responsável por aquele pacote na sua maleta. Não se sabe, até hoje, quem colocou aquela droga para incriminá-la. Foi conspiração!

             Ela suspeita daquela loira oxigenada que vivia dando em cima do Negão. O Negão era dela, ela o havia conquistado. Batalha dura.

             Mulher de garra, não ia perder o seu homem para uma oxigenada. Ela odiava as oxigenadas, as julgava mulheres fracas e de carne fria. Não sabem nem delas, quanto mais de um homem. Tinha opinião formada. Porém algumas estão livres. Ela não é oxigenada, é mulher original, do jeito que veio ficou. Mas não foi ela, jura que não foi.   Ela só queria o Negão, assim o chamava. Mas a oxigenada não dava sossego àquele homem dela.

            A mulata jurava eliminá-la diante de uma plateia. Muitos a ouviam. Foi conspiração, ela tem certeza.!

            Está  presa injustamente,  junto a outras tão injustamente presas. O Negão está enquadrado também. Ele queria aquela mulher com suas garras, e de carne quente, e outras também.

            As visitas aconteciam, mas aquela de garra não recebia quem ela gostaria de ver. Ele estava longe dali, mas em qual pavilhão? Era a questão que ela queria desvendar.

            “ Elas são mulheres falsas e não têm alma de mulher. Os olhos delas não são de mulher, penetram o corpo da presa estraçalhando as entranhas. É assim que eu vejo as oxigenadas. Quem não se aceita como é, não é mulher.”

            Não se cansava de repetir sua versão às companheiras de cela que já não eram mais oxigenadas por não haver, ali, o necessário para a tintura.

            -  Vai chegar uma novata hoje. Não queremos confusão por aqui!

            Respeitou aquela carcereira tão oxigenada quanto a sua inimiga.

            A novata – ela – veio  insinuando sua silhueta de serpente. Uma a outra se avistaram e mostraram suas presas afiadas. Estava mais loura do que quando pôs aquela encomenda na maleta da mulata,  que jurava estar presa injustamente.

             Aquele encontro prometia uma guerra. Agora era a oxigenada contra a mulher do Negão. Em honra à claridade de seus cabelos, a falsa encostou-se na cela para provocar sua desafeta. 

            -  Estou grávida do Negão. Aconteceu durante as visitas.

            No X de um instante a visão da mulata virou um raio e grades já não havia entre a cela e o corredor. Os seus braços fortes e definidos atravessaram os ferros "inexistentes" naquele momento, agarrou-a. As unhas da mulher cravaram os ossos daquela cobra que já estava com os cabelos tingidos esparramados no chão. Atingiu os ossos daquele feto arrancando-lhe a carne, abortando-o ali mesmo.

            Já não havia mais filho do Negão, pois aquela presa foi abatida antes que ocupasse uma vaga na cela.

            Olhou o seu desfecho esparramado naquele chão do corredor e  não se abateu.  Suspirou aliviada por provocar uma situação que a colocasse, com razões, dentro daquele quadrado disforme às suas molduras.

 

Rita Lavoyer

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

MULHERES DE TODOS OS TIPOS

 



               Imagem do Google. 


Há mulheres de todos os tipos, com cores de vários sabores.

Mulheres cantoras, mulheres cantadas nas vozes de muitas canções.

Tem as ordinárias, as princesas, as malandras e as caras de pau. Trabalhadoras, lutadoras e batedoras de carteiras, honradas e desonestas. Há as que valem menos e outras que menos prestam.

Mulheres gordas, magras, inteligentes e as que são mulas. Algumas são portas, outras tortas, recatadas, arreganhadas... Orgulhosas, mesquinhas, falsas e as das janelas - ‘sabedoras de tudo’.

Tem as Luizinhas, as burguesas,  as ‘ex’ e muitas “esas” que não se põem à mesa.

Umas trazem a Bíblia no coração, muitas a trazem no sovaco e tantas não têm nem fé. Tem as de saias curtas e outras bem mais compridas, para terem o prazer de demorar mais ao erguê-las.

Há umas que são lesas, outras se fingem de espertas. E tem as normais sobre quem ninguém quer escrever, porque não causam inspiração alguma.

Umas são Brancas de Neve, outras Adormecidas no casulo sagrado, viram borboletas. Todas têm vagina, algumas preferem ter outra coisa que melhor lhes agrade.

Ave Maria tem também! Bruxa, desordeira, borralheira, cachaceira, trepadeira é a melhor como companheira de alpinismo. Anarquista?! Metralhem! Oh, Por quê? Contradição. Rivalidade.

 Tem as todas benditas, protetoras, mãezonas. Tem as que moram em casas, outras... em qualquer lugar. Tem as estudantes, as professoras... Tem as que ensinam e as que não aprendem nada.

Nossa! Tem de todo quanto é jeito. Esposa, amante, filha, irmã e para piorar, alguns têm a sogra. Outras são a própria. Mulher criada, mulher sarada, siliconada, tarada, mal amada, abandonada, malhada, surrada, suada, cheirosa, fedida, coitada... tem as que vivem se danando.  

As grã-finas têm bom gosto para tudo, as “grã-grossas” têm o seu próprio gosto, e que ninguém se intrometa com ele, elas dão facadas.

Mulher xexelenta, rabugenta, nojenta e tem você e eu, uai!

Tem mulher que é a flor do jardim, muitas são as tiriricas que veneno nenhum consegue dar cabo. Milhares tomam conta do rabo de saia, dos outros, porque queriam que os rabos fossem delas. Tem as caluniantes e as caluniadas. Há aquelas que sentem a inveja branca, e outras têm língua preta. Mas tem a amiga, a companheira, a mulher pastel que não tem nada por dentro, e tem a parideira, sempre recheada. Tem as tais ‘frutinhas’. Cada canhão!

Profissional é a que mais tem no mercado. Tem as poliglotas e as que são apenas bilíngues mesmo, por ajuda da natureza. Tem as que causam medo por sua liderança, e as que vivem com medo de perder o seu posto para elas.

Tem as capetas que só fazem o mal, mas são boas à beça!

As que são doenças, causam dor, fazem dos homens cachorros loucos, para o osso delas terem que roer.

Tem as que fazem rimas pobres e outras que não rimam com nada, nem combinações suportam, vivem peladas mesmo para refrescarem o fogo da alma por falta de uma mangueira que as resolvam.

As lindas se contrapõem às horrorosas, mas o que é belo ou feio em relação à mulher?

Quer saber? Mulher é assim mesmo. Tem de todos os tipos. Se quiser coisa melhor, sei lá. Sei não...  

Mas tem aquele dia que prefiro um pão de queijo quentinho,  com café passado na hora e uma boa prosa sobre nós.  

 

 

RITA LAVOYER