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Há mulheres de
todos os tipos, com cores de vários sabores.
Mulheres
cantoras, mulheres cantadas nas vozes de muitas canções.
Tem as
ordinárias, as princesas, as malandras e as caras de pau. Trabalhadoras,
lutadoras e batedoras de carteiras, honradas e desonestas. Há as que valem
menos e outras que menos prestam.
Mulheres gordas,
magras, inteligentes e as que são mulas. Algumas são portas, outras tortas,
recatadas, arreganhadas... Orgulhosas, mesquinhas, falsas e as das janelas -
‘sabedoras de tudo’.
Tem as
Luizinhas, as burguesas, as ‘ex’ e
muitas “esas” que não se põem à mesa.
Umas trazem a
Bíblia no coração, muitas a trazem no sovaco e tantas não têm nem fé. Tem as de
saias curtas e outras bem mais compridas, para terem o prazer de demorar mais ao
erguê-las.
Há umas que são
lesas, outras se fingem de espertas. E tem as normais sobre quem ninguém quer
escrever, porque não causam inspiração alguma.
Umas são Brancas
de Neve, outras Adormecidas no casulo sagrado, viram borboletas. Todas têm
vagina, algumas preferem ter outra coisa que melhor lhes agrade.
Ave Maria tem
também! Bruxa, desordeira, borralheira, cachaceira, trepadeira é a melhor como
companheira de alpinismo. Anarquista?! Metralhem! Oh, Por quê? Contradição.
Rivalidade.
Nossa! Tem de
todo quanto é jeito. Esposa, amante, filha, irmã e para piorar, alguns têm a
sogra. Outras são a própria. Mulher criada, mulher sarada, siliconada, tarada,
mal amada, abandonada, malhada, surrada, suada, cheirosa, fedida, coitada...
tem as que vivem se danando.
As grã-finas têm
bom gosto para tudo, as “grã-grossas” têm o seu próprio gosto, e que ninguém se
intrometa com ele, elas dão facadas.
Mulher xexelenta,
rabugenta, nojenta e tem você e eu, uai!
Tem mulher que é
a flor do jardim, muitas são as tiriricas que veneno nenhum consegue dar cabo.
Milhares tomam conta do rabo de saia, dos outros, porque queriam que os rabos
fossem delas. Tem as caluniantes e as caluniadas. Há aquelas que sentem a
inveja branca, e outras têm língua preta. Mas tem a amiga, a companheira, a
mulher pastel que não tem nada por dentro, e tem a parideira, sempre recheada.
Tem as tais ‘frutinhas’. Cada canhão!
Profissional é a
que mais tem no mercado. Tem as poliglotas e as que são apenas bilíngues mesmo,
por ajuda da natureza. Tem as que causam medo por sua liderança, e as que vivem
com medo de perder o seu posto para elas.
Tem as capetas
que só fazem o mal, mas são boas à beça!
As que são
doenças, causam dor, fazem dos homens cachorros loucos, para o osso delas terem
que roer.
Tem as que fazem
rimas pobres e outras que não rimam com nada, nem combinações suportam, vivem
peladas mesmo para refrescarem o fogo da alma por falta de uma mangueira que as
resolvam.
As lindas se
contrapõem às horrorosas, mas o que é belo ou feio em relação à mulher?
Quer saber?
Mulher é assim mesmo. Tem de todos os tipos. Se quiser coisa melhor, sei lá.
Sei não...
Mas tem aquele
dia que prefiro um pão de queijo quentinho, com café passado na hora e uma boa prosa sobre
nós.
RITA LAVOYER
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