ll/ll/ll - que data, não?
Se o meu marido fosse um advogado, eu o faria meu processo e defenderia todas as causas dele. Se ele fosse um agrônomo, me faria inteira terra para germinar todos os sonhos que ele sente acordado.
Digitador põe os dedos nas teclinhas de uma máquina que computa, esse caso não pede rima, mas prometeria ser uma esposa de boa conduta.
O meu marido, se ele fosse eletricista, receberia minhas energias dia e noite, noite e dia. Com fazendeiro eu faria um belo par. Multiplicaria seus hectares só para eu poder cuidar.
O garçom estaria bem servido comigo na bandeja, mas veja, se fosse um hagiógrafo eu seria a única santa de toda a sua historia.
De um industrial eu seria a matéria esposa da sua linha de produção. Se eu fosse mulher de jornalista, arrancaria o couro dele e viveria sendo notícia.
Do jardineiro eu seria a sua flor, ele me daria o seu adubo, a ele daria o meu amor.
Leiteiro é ofício sério, com ele não podemos brincar, por isso lhe tenho respeito. Trabalha com as mãos no lugar certo para o amor amamentar.
Com um médico assumiria o compromisso de estar sempre sarada, para quando chegar cansado, encontrar nos meus braços a sua eterna morada.
Com professor seria bem divertido aprendermos juntos as lições da vida. Do pedreiro, eu seria os seus tijolos edificando-lhe a construção. Se eu fosse mulher de policial, treinaríamos todos os dias para ele nunca errar o alvo, e o nosso amor estaria a salvo.
Radialista ou repórter os dois também convêm, eu seria seus microfones para, de mim, só falarem bem.
Sorveteiro? Nossa! Seria uma graça, porque eu gosto mesmo é de sorvete de massa.
Tesoureiro, tintureiro até do vaqueiro eu seria boa esposa, mas...
Por Deus, Nossa Senhora, cruz em credo e Virgem Maria não me castigue nem um dia ser mulher de pescador. Pegar em minhoca fina, mole e muito suja não faz parte do meu pudor.
Se a coisa está molhada fica ainda bem pior. Não se sabe se é roxa ou rosa, e ainda mais ter que matar o bicho enfiando-o em um anzol?
Deus, de pescador, não! Não me deixe, não me deixe ver minhoca mole morrendo na boca de peixe.
Mas eu fico mesmo é com o meu marido que não me dá trabalho, mas trabalha sem parar.
Viva o homem desta labuta, que tudo faz para que eu seja, relativamente, absoluta.
Obs- Noivos escolheram o dia 11/11/11 para casar, porque hoje pode ocorrer "eventos incomuns". Ilusão de ótica ou não, vejo 6 pauzinhos de pé. Amanhã serão 5 e os pauzinhos vão se abaixando conforme o calendário.
Eu, hein! Todo o dia é dia de ser profissional naquilo que se propõe a fazer.
Autoria - Rita Lavoyer
imagem da internet
6 comentários:
Rita... lendo e rindo muito por aqui... Elogiando e muito sua criatividade, via metáforas "sensuais"... e haja pauzinhos para o jogo de palitinhos dos recém-casadinhos!! Muito boa! Abraço da Célia.
Rimadas e bem homoradas declarações profissionais de amor. Mote muito interessante e original. Parabéns, Rita, e que nenhum pescador cruze o seu caminho!
Taí, Rita. Gostei das suas várias escolhas e opções.
Que você é engraçada eu já sabia, mas artista no assunto, fiquei sabendo agora.
Abraço,
Jorge
Ótimo, Rita. Me diverti a valer. Você é de uma criatividade que impressiona bem. abraços.
Mostrei o texto a minha esposa... Ela como você, refugou a minhoca rs... Brincadeiras a parte.
Muito criativo, dei boas risadas. Sempre digo isso, até porque acredito no que falo,o que seria de nós homens se não tivéssemos a possibilidade de compartilhar nossas agruras e alegrias com as mulheres!
Excelente final de semana!
Ó respondi sobre a tartaruga viu!
Ficou muito bom e divertido.
Tem umas mensagens bem bacanas no Guia de Mulher.
Mensagens de Amor
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