O
PROPÓSITO DE PIEGAS
“Vede, não
desprezeis alguns destes pequeninos...” – Jesus. (Mateus, 18:10.)
Chegou-me às mãos, trazido pelas
professoras Maria Palmira Minholi Dias e Maria de Fátima Barbosa, com
dedicatória especial, o livro “O propósito de Piegas”,192 páginas, de Adenilson Almeida de
Souza, da cidade de Fernandópolis.
Não podia tecer qualquer comentário
sem antes conhecer Piegas e descobrir nele a força da fé que eleva um homem. E
fui lendo para descobrir os enigmas que permeiam os pensamentos de Souza,
prendendo-me neles.
Adenilson encontrou na arte de
escrever uma maneira de esgotar sua necessidade de achar um rumo, alando seus
devaneios sem romper contato com sua realidade. E, encorajado a criar, de suas necessidades
fez histórias. E escolheu como seu gênero literário o conto. Tarefa fácil não
é. Precisa dominar, organizar e transcrever de forma concisa a criatividade. Esse
talento humano requer tempo e dedicação. O autor de “O propósito de Piegas”
soube aproveitar esses instrumentos a seu favor.
Criar
um contexto histórico regional não é proposta literária nova, mas os contos do
Adenilson estão contextualizados no seu ideal contemporâneo. Ele não está
alheio ao que se passa ao seu redor. Seus olhos leem os seus mundos interno e
externo e deles se apropriam, logo seus textos têm DNA, a identidade literária do
autor.
Os
personagens são bem elaborados, suas características físicas e psicológicas
constroem suas imagens, facilitando a leitura. A descrição do espaço e do tempo
cronológico e psicológico, em suas narrativas, demonstra sua maturidade,
ciceroneando seu leitor dentro de cada enredo, possibilitando-o se identificar
com os objetos que sustentam as histórias.
Partindo
para o aspecto religioso, li a fé de Piegas e, ao meu modo, interpretei a do
Adenilson, ser humano, entendendo seus sentimentos e as motivações que os
levaram a alcançar seus objetivos.
Na
página 90, deparei-me com esta graça: “Ele queria naquele momento ler o livro
de Mateus em sua bíblia...”
Veja,
Adenilson, segundo Mateus, foi também um pequenino acolhido por vários
professores idealizados por Jesus.
Apropriando-me da fala de Leopoldo (pag. 88)
digo-lhe: “...suas mãos são apenas ferramentas que transmitem o que seu coração
sente.”
Se
suas mãos podem ser suas ferramentas, que as palavras sejam as matérias de
desenvolvimento de suas produções, para que leitores curiosos tentem descobrir
os enigmas que permeiam os pensamentos de Souza.
Desejo
que suas necessidades literárias aumentem e que continue produzindo, ao seu
estilo, sua arte, como fez neste livro, que parece, está sendo bem aceito.
Deus
o abençoe, Adenilson Almeida de Souza.
Muito
obrigada por esta oportunidade
Rita
de Cássia Zuim Lavoyer
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