Fernando Antônio Pereira
- o Liga
Nasceu em 05/11/1942 e
faleceu em 13/10/2021.
Quem
de Auriflama não conheceu o Liga? Fernando Antônio Pereira, eletricista de
primeira grandeza. Era um excelente pescador. Se pegava peixe não sei. Entendia de motor de
popa como ninguém. Se quisesse encontrar um corintiano fiel e tomador de
cerveja era só procurar o Liga. Para
clarear as ideias, O Liga é pai da Maria Valéria Pereira, do Paulo José
Pereira, do Fernando Antônio Pereira Filho, o Fernandinho. Esposo da Adélia Baraldi Pereira. Irmão do
Luizinho, do Paulinho, do Toninho, da Silvinha. Era filho do senhor Antônio
Antunes Pereira, gerente das Casas Pernambucanas, que depois passou a dirigir
um bar na cidade, e da Dona Maria Aguiar Pereira, que fazia o croquete de carne
mais maravilhoso que eu já comi na vida. Dona Maria tinha um cachorrinho que se
chama Negrinho. Ela saia para vender seus salgados e ele a acompanhava pelo
centro da cidade. Que imagem mais linda me veio à memória. Exatamente hoje, dia
09 /10/2023, completam 4 anos de seu falecimento. Lembro-me da Dona Maria,
trazia sempre um sorriso meigo no rosto e tinha pele de bebê. Mulher instruída, empoderada e a frente do seu
tempo. Foi prazer conhece-la, dona
Maria.
Fernando
foi um tio maravilhoso. Lembro-me de que, quando criança, naquela época em que
toda a cidade cabia dentro de um carro, ele enfiava a molecada dentro de um e
sumia para os rios. Era alegria que não acabava mais.
Com
a energia contagiante dele, não temíamos as cobras debaixo das pontes dos rios
Lageado e Buriti, entre outros. Ignorávamos
que pular de uma pinguela para mergulhar num riozinho qualquer podia quebrar nosso pescoço; que ficar sob
sol escaldante daria câncer de pele; que escancarar a janela do carro para
receber o vento no rosto podia entupir o nariz, dar sinusite, bronquite,
pneumonia; que não colocar o cinto de
segurança resultaria em multa de trânsito; que passar o dia todo andando no seu carro
cheio de molecada sentiríamos fome. Jamais. Só alegria. Esse era o LIGA.
O
tio Fernando era pessoa para quem não havia tempo ruim. Era pau para toda obra,
tipo um Tiozão da Sukita, da Coca-cola, dos guaranás, das cervejas de qualquer
marca. A minha infância teve uma alegria registrada por ele e pelo entusiasmo
do seu espírito jovem, aventureiro. Churrasqueiro dos bons.
Infelizmente,
um acidente ceifou-lhe a vitalidade. Na ocasião não houve respostas aos “
porquês” daquilo , mas quais seriam as ideais
para explicarem os impulsos da vida? E a vida seguiu meio cambaleante para ele,
mas sua família se fortalecia a cada passo que ele conseguia dar, a caminho do
dia seguinte. A luta que eles travaram foi árdua, porém dignificante.
Se
defeitos teve, não me prejudicaram em nada. Tanto é que estou aqui,
homenageando-o hoje, porque ele vive em minha lembrança e na de todos os seus familiares e amigos.
Beijão,
Tio Liga. Até breve!
Sua sobrinha, Rita de
Cássia Zuim Lavoyer
Nenhum comentário:
Postar um comentário