Poema classificado no concurso de poesia promovido pela Revista Conexão Literária, com o tema O JOGO DO AMOR
Tenho medo
Tenho medo, meu amor, que
nos falte a vida
e que esta falta separe duas
almas tão queridas.
Tenho medo de não passar
contigo uma noite que nos caiba,
não poder, no abrigo da
madrugada, desvendar os segredos
do prazer no orvalho do
nosso calafrio.
Quero, no cio que
alimenta nossa carne desgarrada,
agarrar-te na estação do
nosso estio.
Tenho medo, meu amor, de
não ter juntas minha boca e a tua
e da coragem que insiste levar-me
a ti
como verdade nua e crua.
Tenho medo, meu amor, de ficar
contido o teu sexo
sem em mim desfrutar a
tua práxis,
deixando-me um futuro
estase.
Tenho medo, meu amor, desta
ausência repetida
que ronda o teu semblante,
que me amar não queiras mais
e não me sintas, após
nossos rituais, tua amante.
Tenho medo do porquê do
azul do céu
se de dia é claro,
escurece a noite
olhar do lado e
descobrir: foste.
Tenho medo de não dançar
contigo uma música inteira.
Que não seja brincadeira,
posto que na sonata,
eu os movimentos, as
sinfonias da tua camerata.
Tenho medo de não
assistir do tempo a metamorfose.
Vivamos no agora o
excesso da nossa essência
para partirmos juntos,
meu amor, na nossa overdose.
Autoria-
Rita de Cássia Zuim Lavoyer
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