Quanto custa o velho dentro de um novo? Quanto um novo pode ser desvalorizado com um tribufu dentro dele? Sabe do que eu estou falando? Não é o objeto que enfeita o dono, embora muitos o use para essa finalidade. Quando vir uma mulher feia com uma bolsa combinando com os óculos da moda, imagine: ou comprou na 25 ou ainda está devendo as mercadorias. Carregar no ombro uma bolsa de marca que lhe custa os olhos da cara e, dentro dela um monte de prestações atrasadas é duro, heim?
Esta historia é outra. Entrou na concessionária para compra o mais luxuoso. Não hesitou, apontou o dedo cheio de anéis de ouro e brilhante, era aquele carro que ela levaria. O velho, não o carro, o marido, sorriu com um ar de alívio quase que querendo dizer ao vendedor: “Estou livre”. Quantos carros ela pedisse, tantos mais ele lhe daria. Isso tudo porque aquela mulher, outrora esposa, era o verdadeiro tribufu. Aquela do tipo “tá com dó, leva pra casa”. O princípio daquele marido era outro. “Tá com o saco cheio disso, bota no carro novo e pronto!”
O automóvel estava com as quatro rodas novinhas, cheirando a seringueira no meio da floresta; ela também tinha quatro, mas eram pneus que já vinha carregando no corpo há mais de 30 anos. No carro, um limpador de para-brisa, zerinho; os dela, puro pés-de-galinha. Os estofados do veículo todo de couro legítimo; ela, pura pelancas. Lá, faróis de milha; nela, mamõezinhos-machos, daqueles bem chupados mesmo.
Que pecado! Os homens, durante meses, desenharam, estudaram, projetaram e desenvolveram aquela máquina possante; Deus estava com dor em algum lugar e desenhou aquele tribufu.
_ Vamos amor!
Ele atendeu carinhosamente ao pedido dela, abriu a porta para que ela entrasse e acomodou-se no banco do passageiro. Sim, era ela quem dirigia o próprio carro digo, a máquina.
Em casa, ele disse:
_ Benzinho, fique aqui. Vou sair, comprar uma jóia que enfeite ainda mais a sua vida. Volto logo.
Ela sorriu; ele, saiu com o carrinho simples dele. Passou no ponto habitual, a donzela entrou no veículo e, dali, seguiram para o motel.
Então, mulher, no lugar da bolsa cara, pague o botox. Na compra do carro novo, prefira a cirurgia plástica. Faça-se bela sempre e jogue fora o feio e o velho, não o marido. Quem enfeita os acessórios é você e não o contrário.
Mulher, pense melhor os seus investimentos; donzela, pense melhor os seus valores.
Ah, a jóia? Eu o mandaria enfiar em qualquer lugar, menos no meu texto.
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