CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS LITERÁRIOS

PREMIAÇÕES LITERÁRIAS

2007 - 1ª colocada no Concurso de poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia O FILME;

2010 - Menção Honrosa no Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto A CARTA;

2012 - 2ª classificada no Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O BEIJO DA SERPENTE;

2012 - 7ª colocado no concurso de blogs promovido pela Cia dos Blogueiros - Araçatuba-SP;

2014 - tEXTO selecionado pela UBE para ser publicado no Jornal O Escritor- edição 136 - 08/2014- A FLOR DE BRONZE //; 2014 – Menção honrosa Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto LEITE QUENTE COM AÇÚCAR;

2015 – Menção honrosa no V Concurso Nacional de Contos cidade de Lins, com o conto MARCAS INDELÉVEIS;

2015 - PRIMEIRA CLASSIFICADA no 26º Concurso Nacional de Contos Paulo Leminski, Toledo-PR, com o conto SOB A TERRA SECA DOS TEUS OLHOS;

2015 - Recebeu voto de aplausos pela Câmara Municipal de Araçatuba;

2016 – 2ª classificada no Concurso Nacional de contos Cidade de Araçatuba com o conto A ANTAGONISTA DO SUJEITO INDETERMINADO;

2016 - classificada no X CLIPP - concurso literário de Presidente Prudente Ruth Campos, categoria poesia, com o poema AS TUAS MÃOS.

2016 - 3ª classificada na AFEMIL- Concurso Nacional de crônicas da Academia Feminina Mineira de Letras, com a crônica PLANETA MULHER;

2012 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - 13ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de abril de microconto Escambau;

2017 - Classificada no 7º Concurso de microconto de humor de Piracicaba.

2017 - 24ª classificada no TOP 35, na 2ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 15ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 1ª classificada no concurso de Poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia PERMITA-SE;

2017 - 11ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de outubro de microconto Escambau;

2018 - 24ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - Menção honrosa na 4ª edição da Revista Inversos, maio/ com o tema Crianças da África - Poesia classificada BORBOLETAS AFRICANAS ;

2018 - 31ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 5ª classificada no TOP 7, na 1ª semana de junho de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 3ª semana - VII de junho de microconto Escambau;

2019 - Classificada para antologia de suspense -segundo semestre - da Editora Jogo de Palavras, com o texto OLHO PARA O GATO ;

2019 - Menção honrosa no 32º Concurso de Contos Cidade de Araçatuba-SP, com o conto REFLEXOS DO SILÊNCIO;

2020 - 29ª classificada no TOP 35, na 4ª semana - VIII de Prêmio Microconto Escambau;

2020 - Menção honrosa no 1º Concurso Internacional de Literatura Infantil da Revista Inversos, com o poema sobre bullying: SUPERE-SE;

2020 - Classificada no Concurso de Poesias Revista Tremembé, com o poema: QUANDO A SENHORA VELHICE VIER ME VISITAR;

2020 - 3ª Classificada no III Concurso de Contos de Lins-SP, com o conto DIÁLOGO ENTRE DUAS RAZÕES;

2020 - 2ª Classificada no Concurso de crônicas da Academia Mogicruzense de História Artes e Letras (AMHAL), com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA

CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS

  • 2021 - Selecionada para a 6ª edição da revista SerEsta - A VIDA E OBRA DE MANUEL BANDEIRA , com o texto INILUDÍVEL ;
  • 2021 Selecionada para a 7ª edição da revista SerEsta - A VIDA E A OBRA DE CECÍLIA MEIRELES com o texto MEU ROSTO, MINHA CARA;
  • 2021 - Classificada no 56º FEMUP - com a poesia PREPARO A POESIA;
  • 2021 - Classificada na 7ª ed. da Revista Ecos da Palavra, com o poema CUEIROS ;
  • 2021 - Classificada na 8ª ed. da Revista Ecos da palavra, cujo tema foi "O tempo e a saudade são na verdade um relógio". Poema classificado LIBERTE O TEMPO;
  • 2022 - Classificada no 1º Concurso Nacional de Marchinhas de Carnaval de Araçatuba, com as Marchinhas EU LEIO e PÉ DE PITOMBA;
  • 2022 - Menção honrosa na 8ª edição da Revista SerEsta, a vida e obra de Carlos Drummond de Andrade , com o texto DIABO DE SETE FACES;
  • 2022 - Classificada na 10ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema mulher e mãe, com o texto PLANETA MULHER;
  • 2022 - Classificada na 20ª ed. Revista Inversos, tema: A situação do afrodescendente no Brasil, com o texto PARA PAGAR O QUE NÃO DEVO;
  • 2022 - Classificada na 12ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema Café, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2022 - selecionada para 1ª antologia de Prosa Poética, pela Editora Persona, com o texto A FLOR DE BRONZE;
  • 2022 - Selecionada para 13ª edição da Revista Ecos da Palavra, tema MAR, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 2ª edição da Revista Mar de Lá, com o tema Mar, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 3ª Ed. da Revista Mar de Lá com o microconto UM HOMEM BEM RESOLVIDO;
  • 2022- Classificada com menção honrosa no 34º Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O CORTEJO DA MARIA ROSA;
  • 2022- Classificada pela Editora Persona com o conto policial QUEM É A LETRA L;
  • 2022 - Classificada no Concurso da E-33 Editora, Série Verso e Prosa, Vol.2 Tema Vozes da Esperança, com o poema POR ONDE ANDAS, ESPERANÇA? ;
  • 2023 - Classificada na 15ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema VENTO;
  • 2023 - Classificada para coletânea de poetas brasileiros pela Editora Persona, com o poema CUEIROS;
  • 2023- Selecionada na 23ª ed. da revista Literária Inversos com tema "Valores Femininos e a relevância do empoderamento e do respeito da mulher na sociedade contemporânea", com o poema ISSO É MULHER;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Contos de Humor, Editora Persona, com o conto O PÃO QUE O QUINZIM AMASSOU;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Poesias Metafísica do Eu, Editora Persona, com o poema QUERO OLHOS ;
  • 2023 - Selecionada pra a 11ª Edição da Revista SerEsta, A vida e obra de Paulo Leminsk, com o poema EL BIGODON DE CURITIBA ;
  • 2023 - Classificada no 1º concurso de poesia do Jornal Maria Quitéria- BA, com o tema " Mãe, um verso de amor", com o poema UM MINUTO DE SILÊNCIO À ESSAS MULHERES MÃES;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol. 4, tema Vozes da Solidão, editora E-33, com a crônica A MÃE;
  • 2023 - Selecionada para a 9ª ed. da Revista Mar de Lá, como poema O POETA E A AGULHA;
  • 2023 - Classificada no concurso de Prosa Poética , Editora Persona, com o texto QUERO DANÇAR UMA MÚSICA CONTIGO;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.5, tema Vozes do Sertão, editora E-33, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.6, tema FÉ, Editora E-33, com o poema OUSADIA POÉTICA;
  • 2023 - CLASSIFICADA para a Antologia Embalos Literários, Editora Persona, com o conto SEM AVISAR;
  • 2023 - Classificada na 18ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema FLORES, com o poema O PODER DA ROSINHA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.7, tema AMIZADE, Editora E-33, com o poema AMIZADE SINCERA;
  • 2023 - Classificada em 8ª posição no Prêmio Castro Alves, na 33ª ed. Concurso de Poesia com temática Espírita, com o poema SOLIDARIEDADE;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.8, Vozes da Liberdade, tema , Editora E-33, com o poema REVOADA;
  • 2023 - Classificada para a Antologia Desejos profundos - coletânea de textos eróticos , Editora Persona, com o poema AGASALHA-ME;
  • 2023 - Classificada para antologia Roteiros Adaptados 2023 - coletânea de textos baseados em filmes, Editora Persona, com o texto BARBIE, UMA BONECA UTILITÁRIA;
  • 2023 - PRIMEIRO LUGAR no Concurso , edital 003/2023 - Literatura - seleção de projetos inéditos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Araçatuba, com o livro infantojuvenil DENGOSO, O MOSQUITINHO ANTI-HERÓI;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea Cronistas Contemporâneo, pela Editora Persona, com o texto A CONSTRUÇÃO DE UMA PERSONAGEM;
  • 2024 - Classificada para 19ª edição da Revista Literária Ecos da Palavra, com o poema A PASSARINHA;
  • 2024 - Classificada para a 13ª edição da Revista Mar de Lá, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea "Um samba no pé, uma caneta na mão", tema carnaval, pela Editora Persona, com o poema DEIXA A VIDA TE LEVAR;
  • 2024 - Selecionada para compor a coletânea "Revisitando o Passado", promovido pelo Projeto Apparere, com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea de Poetas Brasileiros,2024, Editora Persona, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Antologia JOGOS DO AMOR, promovida pela Revista Conexão Literária, com o tema O jogo do amor, poema classificado: TENHO MEDO;
  • 2024- Selecionada para 20ª ed. da Revista Literária Ecos da Palavra, com o tema INFÂNCIA, com o poema DEBAIXO DE UMA LARANJEIRA;

sábado, 27 de março de 2021

INILUDÍVEL

 Texto com o qual me classifiquei na 6ª edição da Revista SerEsta,  sobre “A vida e a obra de Manuel Bandeira”, 2021

Baseado nas obras : Tragédia Brasileira; Vou-me embora pra Pasárgada; Pneumotórax e Consoada, de Manuel Bandeira.  

Iniludível


            Cansado do confinamento a que as circunstâncias o submetera, Manuel foi-se embora pra Pasárgada. Lá sim, sendo amigo do rei,  poderia andar nas ruas, como quisesse.  - Ah, estarei no auge da liberdade adquirida – gritava. Mas, encontrou-se com Misael, funcionário da Fazenda, 63 anos, fugitivo da Rua da Constituição.  Estava irreconhecível, disfarçado em um vestido de organdi azul, o último usado por Maria Elvira – aquela que ele tirou da prostituição e consertou-lhe os dentes. Manuel o reconheceu, afinal fora ele o figurinista daquele vestuário.

            - Oh! Nem aqui respirarei ar puro?! Que faz em Pasárgada, Misael?

            - Sabes bem que não matei Maria Elvira! Foste tu que me privaste de sentidos e em minha mão colocaste aquela arma carregada! Desejavas minha desgraça! Mataste a mulher que eu salvei, usando-me como instrumento. Diga-me, Manuel, aquelas balas eram falsas, de encenação, pois não? Abriste um prostíbulo para Maria Elvira aqui, em Pasárgada, confessa! O rei te isentas dos impostos das libertinagens, não é, Manuel?

            - Misael, você está delirando, rouco, sem ar, com dificuldade de pronunciar sua fala, suando em bicas. Deve estar com febre.  Diga trinta e três, Misael, e respire!  

            - Tu e tua lírica! Não achas melhor terminarmos juntos com um tango argentino?

            - Não posso, Misael! Ando farto de lirismo comedido, iniludível!  Maria Elvira me espera. Jantaremos, hoje, com o rei, antes que a indesejada da gente nos alcance. 

            A passos largos caminhou, levando consigo Misael na lembrança. 

 


https://pt.calameo.com/read/006141126c4883439747e?page=1

Rita de Cássia Zuim Lavoyer             

segunda-feira, 22 de março de 2021

QUEM SÃO ESSAS BORBOLETAS?


 

 Quando as borboletas inventaram

de se instalar em meu casulo,

do meu modus operandi

fui  dor e fuga frustrada.

Unidas,

romperam o véu da minha sagrada escritura

e sangraram-me profundamente.

O que queriam ali?

O que havia contra meu invólucro?

Penetraram-me,

rasgando as paredes da minha intimidade

e asas bateram no meu estômago.

Nesse ínterim, no meu útero,

senti, latente, eclodir um embrião.  

Esse reboliço era medo, paixão,

ou ilusão de ótica?

Comiam-me as predadoras?

Quando já sem reservas para alimentá-las,

voaram.

Em um mundo de cabeça para baixo

virei e revirei até transformar minhas estruturas.

Nada mais a fazer, largada, fiquei,

com uma dor que já era outra

e

um adulto alado brotou de mim. 


Todo aminiótico que o envolvia

borrou, dissolveu o que era sagrado,

conservando, intacta, a tal escritura.

 

 

Autoria - Rita de Cássia Zuim Lavoyer

domingo, 7 de março de 2021

NEYDE SIMÃO DA MATTA - SER NEYDE É SER PAZ

 NEYDE SIMÃO DA MATTA

Biografia : Neyde Simão da Matta foi gerada pelas letras de seus pais Jonas da Matta e Maria Simão Silva da Matta , iniciando o registro de sua história em 12/10/1937, em Araçatuba. Fez das páginas da sua vida um meio de educar. É irmã dos também educadores Jonas Nilson,
Nadir Simão
Nancy Simão da Matta. No dia 24/10/1991, Neyde põe um ponto final na última página do livro que ela própria escreveu para abrir uma enciclopédia de estudo-aprendizado nos braços do Nosso Senhor.

SER NEYDE, É SER PAZ

“É preciso estar sempre perto da Juventude, mesmo que seja para errar junto com ela.” Neyde Simão da Matta.

Nascida com as palavras do ensinamento, cresceu e desenvolveu-se na atmosfera divina que o bom Deus nos oferece, e ela, sabiamente, soube aproveitar isso muito bem, obrigado. Assim confirmam os seus queridos. Inviável seria mencionar as diversas instituições educacionais pelas quais Neyde passou como professora, pedagoga e orientadora, aprendendo e ensinando. Encheríamos esta página. Quem é do meio educacional de Araçatuba, certamente lembra-se de Neyde, que se fez ser o que é porque trazia o seu próximo dentro de si.

Estudou o jardim da infância e o primário no Externato Nossa Senhora Auxiliadora, escola particular nesta cidade. Concluiu o ginasial e o curso normal no Colégio N.S.Aparecida até terminar o Magistério. Fez curso de administração escolar e aperfeiçoamento no I.E. “Manoel Bento da Cruz.” Efetivou-se em Piacatu-SP, mas logo voltou a Araçatuba. Na UMC, Universidade de Mogi das Cruzes, licenciou-se em pedagogia com extensão em supervisão e orientação educacional, o que lhe permitiu trabalhar no INTEC como orientadora educacional. Na PUC-SP, era frequentadora assídua dos cursos ligados a educação e a religião católica. Excelente em todas as ações que praticava, era catequista com formação em Teologia e Catequese pela diocese de Lins. Autora do livro “Encontro de Catequese nas Comunidades”, 1992, Edições Paulinas, juntamente com o Pe. Eugênio Rixer. No seu dia a dia encontrava espaço para militar na Pastoral da Juventude. Ajudou a organizar o Concílio de Jovens de Araçatuba. Participou do CDP e CRP- Conselho Diocesano e Regional de Pastoral, respectivamente.
Yes, she was a competent educator. Competência era pouco para qualificá-la. De sua bagagem exalava ação para o aperfeiçoamento educacional, moral e espiritual dos seus pequenos alunos, jovens e adultos. Não foi casada, não teve filhos. Mas tantos ela abraçou na sua missão que foi eleita patrona da “EMEI- Neyde Simão da Matta” no bairro Claudionor Cinti, nesta cidade.
Dona de peculiar simpatia, nas rodas de amigos estava a Neyde com piadas divertidas. Cinéfila, conhecia a sétima arte como ninguém. Não perdia os bailes no Araçatuba Clube, Corinthians, Bancários e C.P.P. Pé de valsa de primeira grandeza, nunca negou ser o bolero a sua paixão. Também não perdia um baile de carnaval. Sua alegoria, o leque para lhe aumentar o ar ; seu coquetel preferido, Cebion para lhe repor as energias.
Energia é o que ainda existe por onde passou. Energia! Essa mulher a teve de sobra. Sua vitalidade corria-lhe o corpo inteiro. Amava viajar. Fez muitas viagens para conhecer o Brasil. Para o exterior ela nunca foi e também não conheceu o Pantanal Mato-grossense, sonhos não realizados.
Emocionam-se os irmãos e os amigos ao relembrarem esse ser tão querido.
Ser alguém que teve a oportunidade de conviver com Neyde Simão da Matta , é carregar em si algo de bom acrescentado por suas ações educadoras, praticadas com amor.
Um ser como Neyde Simão da Matta não nasce e nem parte. Ela simplesmente existe eternamente porque o Criador assim a quis desde quando Ele desejou a humanidade.
Ser Neyde, é ser Paz.
Autora_ Rita de Cássia Zuim Lavoyer

sábado, 6 de março de 2021

BENEDITA FERNANDES

 BENEDITA FERNANDES - Em 06 de março de 1932, fundou a Associação das Senhoras Cristãs, obra de natureza assistencial em Araçatuba

Biografia
Benedita Fernandes nasceu em Campos Novos da Cunha – SP em 27/06/1883. Filha de Maria Josefa Nascimento. O esposo chamava-se Luís com quem teve uma filha cujo nome não conseguimos descobrir. Obsediada, perambulava pelas cidades e perdeu o contato com a família. Por volta de 1920 chegou à cidade de Penápolis onde foi apresentada ao Espiritismo pelo senhor João Marcheze. Curada de sua obsessão veio para Araçatuba e iniciou sua obra em prol dos necessitados. Não há registro de que tenha estudado em livros, mas trouxe, nesta existência, experiências do Espírito reencarnado. Desencarnou no dia 09/10/1947, vítima de problemas cardíacos na sede da “ Associação das Senhoras Cristãs” nesta cidade de Araçatuba.
JOIA BURILADA
Portadora de pertinaz obsessão, por algum tempo o presídio foi o seu lar. Com humildade e farta sabedoria, aceitou ajuda para refazer-se e voltar a caminhar. O seu nome é Benedita, sobrenome Fernandes. Bendita libertadora! Quando chegou nesta cidade nada permaneceu como antes. Abundante caridade foi a fonte nascida em seu coração. Abriu os seus braços fortes para proteger muitos irmãos.
Em 06 de março de 1932, fundou a Associação das Senhoras Cristãs, obra de natureza assistencial em Araçatuba. Sã, porque já estava curada de sua obsessão, pediu ajuda a muitos pra cumprir sua missão. Foram os seus colaboradores, entre eles, políticos renomados, maçons e governadores. Dessa Associação, fora ela a presidente, mas com ela trabalhavam pessoas competentes que juntaram suas forças para continuar o seu labor. Foram os doentes e desamparados o alvo do seu amor.
No bairro Santana, a querida Benedita, com esforço braçal, ergueu casas de madeira, acolheu crianças órfãs e obsediados, protegendo-os do mal.
No dia 1º de novembro de 1933, foi inaugurado prédio próprio da Associação, porém, de alvenaria, para confortar os seus queridos, pois só o bem, a eles, ela pretendia. Quando, para o pão, lhe faltava o dinheiro, vinha em seu auxílio o padeiro Júlio Monteagudo Pinheiro.
Os doentes mentais passaram a ser atendidos no “Asilo Dr. Jaime de Oliveira” hoje, sanatório “Benedita Fernandes”, que presta grandes serviços à comunidade. Às crianças, foi criada a “Casa da Criança” que teve como colaboradora Judith Souza Machareth. Compete-nos dizer, digníssima professora que pôs o seu trabalho em prol dos projetos da casa.
Benedita foi uma mulher pioneira em fundar uma associação beneficente no Noroeste do Estado de São Paulo, cujo remédio primeiro era a prece. Merece louvor, pois fez do amor a sua messe.
Com o seu dinamismo, inaugurou em 1943 o Albergue Noturno “Dr. Plácido Rocha”; Escola Mista do Abrigo “João de Deus” e a Escola “ Dr. Valadão Furquim”. Benedita homenageava quem a ajudava porque o seu espírito era mesmo assim.
Os órfãos abrigados gozavam de educação, carinho e conforto, pois nesse mar de doação trazia Benedita o leme em suas mãos. Ancorada em sua missão, foi porto aos doentes mentais. Doou-se de corpo e alma para amparar os seus queridos. Fez-se a eles o próprio lar, eram, pois, os desvalidos.
Dignificou o seu trabalho numa época em que ao negro e ao espírita não eram dados os devidos valores porque a doutrina não era reconhecida como agora. Honrou sua passagem e registrou seu nome nas pérolas da aurora. Joia burilada, é você, medianeira do bem, amante da caridade que ainda mantém viva, nesta cidade, suas obras, suas verdades.
Seus 125 anos de magnitude abraçam Araçatuba em seus 100 anos de juventude.
Na sua poética está o próximo para o qual se fez arrimo. De seus braços fortes fez jorrar força e fé. Foi mãe e foi doutora. Fez-se chuva, cujas gotas balsamizam e faz fluir a nau, abrigo das almas cujos mares lhes são revoltos.
Crônica que compõe a obra “Nos trilhos do centenário – Passageiros de Araçatuba” , Ed. Somos, 2009.
Autora Rita Lavoyer
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JUDITH SOUZA MACHARETH

 

                  JUDITH  SOUZA  MACHARETH

 


                                               Biografia

 

Nasceu na cidade de Melo Barreto – MG em 12/07/1907 .  Filha de Américo Machareth e Dolores Souza Barbosa que passou a se chamar Dolores Barbosa Machareth após o casamento.  Teve 4 irmãos sendo: Milton, Carmem, Maria Izabel e Napoleão.  Fez o curso primário em Cataguazes terminando-o em Leopoldina, ambas em MG. Em Manhumirim - MG concluiu curso secundário e iniciou o curso normal, mas não o terminou por ter se mudado para a cidade de Monte Azul Paulista – SP.  Em 1928 veio para Araçatuba, lecionou na cidade de Frutal, hoje Guararapes. Desencarnou no dia 02/10/1964 na cidade de São Paulo vitimada por um aneurisma cerebral, mas foi sepultada na cidade de Araçatuba.

 

 

                        A PEQUENA IMENSAMENTE GRANDE

 

     Jovem, porém com idade madura, fez da educação o seu princípio de vida. Aos 22 anos foi nomeada professora. Lecionou em várias escolas desta cidade de Araçatuba.

     Não cabendo em si tanto talento, transformava a sua arte de saber em lição de aprendizado

     Ensinava Português, Geografia e História do Brasil. Falava fluentemente o Esperanto e sonhava vê-lo adotado em todos os países. 

     Na Loja Maçônica Tupy, onde funcionava a primeira escola particular de Araçatuba, Judith atuava como professora e diretora. Não ensinava apenas aos validos, por sua filosofia deixava-se doar. Concedia bolsas de estudo a muitos humildes, igualando-os em sua sala.  

      Tornava grandes os seus pequenos. Nas comemorações cívicas o seu patriotismo irradiava, encantando os araçatubenses com sua lealdade à Nação.  Orgulhava-se por apresentar os caderninhos dos alunos a qualquer celebridade que visitasse a sua escola.

     Proporcionava as crianças encontrar em sua sala de aula um segundo lar. O carinho com que ela os tratava ajudava-os no aprendizado, pois os amava ante a lição.

     Acompanhar a professorinha, a pé, até a sua casa, carregando-lhe os livros e a caixa de giz, era o prêmio que os pequeninos aguardavam no final das aulas. Cada dia o troféu era carregado por um.

     Muitos de seus pequenos tornaram-se pessoas renomadas que, tanto quanto ela fazem parte, hoje, da história de Araçatuba.     

     Não se eximiu do dever de ajudar. Foi colaboradora e amiga de Rolando Perri Cefaly e Benedita Fernandes, coincidiam, pois, suas ideologias. Assumiu, temporariamente, a secretaria da Associação das Senhoras Cristãs, onde também, aplicava os seus saberes.  

     Na sua condição de mestre soube alfabetizar, instruindo.  

     Em 1948 colaborou para a fundação da Aliança Espírita “Varas da Videira” ao lado de grandes personalidades espíritas desta cidade.

    Em 1959 passou a lecionar em sua própria escola que funcionava em sua residência na Rua Tiradentes. Lecionou no local até 1964. O imóvel, hoje, atende a uma clínica pediátrica.

     Aceitou os fados da vida desencarnando solteira.

     Em 1965 uma rua de Araçatuba recebeu o seu nome; 1976 foi novamente homenageada tendo seu nome a Escola de 1º Grau Judith Machareth, Rua São Marcos s/n.  Outra instituição educacional funciona no local.   Judith Machareth é o seu nome de registro, mas assinava Souza, em qualquer circunstância, para homenagear a sua mãe.

      Há poucos registros sobre a sua passagem, mas o pouco que se sabe sobre a sua vida faz levedar a admiração da importante professora-cidadã araçatubense que foi e analisar a extensão da qualidade de sua influência nos meios em que se fez útil.

     Numa época de barreiras às mulheres, Judith Souza Machareth venceu fronteiras profissionais e religiosas. Cali não era somente a sua grafia, mas a doação de si no ministério da caridade, que a fez sem revelá-la. Pequena de estatura, mas imensamente grande em ações, registrou-se nas páginas da Educação desta cidade.

     Judith Machareth! O livro da história de Araçatuba está enriquecido com o perfume de sua lida, cujas lições doadas, tornaram sua alma-mestre ainda mais linda.

 

Crônica que compõe a obra “Nos trilhos do centenário – Passageiros de Araçatuba” , Ed. Somos, 2009.

Autora Rita  de Cássia Zuim Lavoyer

Observação. Para compor esta crônica, obtive ajuda do sobrinho da Judith, o senhor Gladston Machreth, homem que aprendi a admirar por sua inteligência e seu respeito. Amizade que não precisou estarmos presentes para se fortalecer. Nunca o vi, mas sinto não poder apertar-lhe as mãos para dizer-lhe MUITO OBRIGADA, por toda atenção que deu ao meu trabalho, à minha pessoa. Esteja na Paz, meu grande amigo!