CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS LITERÁRIOS

PREMIAÇÕES LITERÁRIAS

2007 - 1ª colocada no Concurso de poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia O FILME;

2010 - Menção Honrosa no Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto A CARTA;

2012 - 2ª classificada no Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O BEIJO DA SERPENTE;

2012 - 7ª colocado no concurso de blogs promovido pela Cia dos Blogueiros - Araçatuba-SP;

2014 - tEXTO selecionado pela UBE para ser publicado no Jornal O Escritor- edição 136 - 08/2014- A FLOR DE BRONZE //; 2014 – Menção honrosa Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto LEITE QUENTE COM AÇÚCAR;

2015 – Menção honrosa no V Concurso Nacional de Contos cidade de Lins, com o conto MARCAS INDELÉVEIS;

2015 - PRIMEIRA CLASSIFICADA no 26º Concurso Nacional de Contos Paulo Leminski, Toledo-PR, com o conto SOB A TERRA SECA DOS TEUS OLHOS;

2015 - Recebeu voto de aplausos pela Câmara Municipal de Araçatuba;

2016 – 2ª classificada no Concurso Nacional de contos Cidade de Araçatuba com o conto A ANTAGONISTA DO SUJEITO INDETERMINADO;

2016 - classificada no X CLIPP - concurso literário de Presidente Prudente Ruth Campos, categoria poesia, com o poema AS TUAS MÃOS.

2016 - 3ª classificada na AFEMIL- Concurso Nacional de crônicas da Academia Feminina Mineira de Letras, com a crônica PLANETA MULHER;

2012 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - 13ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de abril de microconto Escambau;

2017 - Classificada no 7º Concurso de microconto de humor de Piracicaba.

2017 - 24ª classificada no TOP 35, na 2ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 15ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 1ª classificada no concurso de Poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia PERMITA-SE;

2017 - 11ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de outubro de microconto Escambau;

2018 - 24ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - Menção honrosa na 4ª edição da Revista Inversos, maio/ com o tema Crianças da África - Poesia classificada BORBOLETAS AFRICANAS ;

2018 - 31ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 5ª classificada no TOP 7, na 1ª semana de junho de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 3ª semana - VII de junho de microconto Escambau;

2019 - Classificada para antologia de suspense -segundo semestre - da Editora Jogo de Palavras, com o texto OLHO PARA O GATO ;

2019 - Menção honrosa no 32º Concurso de Contos Cidade de Araçatuba-SP, com o conto REFLEXOS DO SILÊNCIO;

2020 - 29ª classificada no TOP 35, na 4ª semana - VIII de Prêmio Microconto Escambau;

2020 - Menção honrosa no 1º Concurso Internacional de Literatura Infantil da Revista Inversos, com o poema sobre bullying: SUPERE-SE;

2020 - Classificada no Concurso de Poesias Revista Tremembé, com o poema: QUANDO A SENHORA VELHICE VIER ME VISITAR;

2020 - 3ª Classificada no III Concurso de Contos de Lins-SP, com o conto DIÁLOGO ENTRE DUAS RAZÕES;

2020 - 2ª Classificada no Concurso de crônicas da Academia Mogicruzense de História Artes e Letras (AMHAL), com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA

CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS

  • 2021 - Selecionada para a 6ª edição da revista SerEsta - A VIDA E OBRA DE MANUEL BANDEIRA , com o texto INILUDÍVEL ;
  • 2021 Selecionada para a 7ª edição da revista SerEsta - A VIDA E A OBRA DE CECÍLIA MEIRELES com o texto MEU ROSTO, MINHA CARA;
  • 2021 - Classificada no 56º FEMUP - com a poesia PREPARO A POESIA;
  • 2021 - Classificada na 7ª ed. da Revista Ecos da Palavra, com o poema CUEIROS ;
  • 2021 - Classificada na 8ª ed. da Revista Ecos da palavra, cujo tema foi "O tempo e a saudade são na verdade um relógio". Poema classificado LIBERTE O TEMPO;
  • 2022 - Classificada no 1º Concurso Nacional de Marchinhas de Carnaval de Araçatuba, com as Marchinhas EU LEIO e PÉ DE PITOMBA;
  • 2022 - Menção honrosa na 8ª edição da Revista SerEsta, a vida e obra de Carlos Drummond de Andrade , com o texto DIABO DE SETE FACES;
  • 2022 - Classificada na 10ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema mulher e mãe, com o texto PLANETA MULHER;
  • 2022 - Classificada na 20ª ed. Revista Inversos, tema: A situação do afrodescendente no Brasil, com o texto PARA PAGAR O QUE NÃO DEVO;
  • 2022 - Classificada na 12ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema Café, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2022 - selecionada para 1ª antologia de Prosa Poética, pela Editora Persona, com o texto A FLOR DE BRONZE;
  • 2022 - Selecionada para 13ª edição da Revista Ecos da Palavra, tema MAR, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 2ª edição da Revista Mar de Lá, com o tema Mar, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 3ª Ed. da Revista Mar de Lá com o microconto UM HOMEM BEM RESOLVIDO;
  • 2022- Classificada com menção honrosa no 34º Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O CORTEJO DA MARIA ROSA;
  • 2022- Classificada pela Editora Persona com o conto policial QUEM É A LETRA L;
  • 2022 - Classificada no Concurso da E-33 Editora, Série Verso e Prosa, Vol.2 Tema Vozes da Esperança, com o poema POR ONDE ANDAS, ESPERANÇA? ;
  • 2023 - Classificada na 15ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema VENTO;
  • 2023 - Classificada para coletânea de poetas brasileiros pela Editora Persona, com o poema CUEIROS;
  • 2023- Selecionada na 23ª ed. da revista Literária Inversos com tema "Valores Femininos e a relevância do empoderamento e do respeito da mulher na sociedade contemporânea", com o poema ISSO É MULHER;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Contos de Humor, Editora Persona, com o conto O PÃO QUE O QUINZIM AMASSOU;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Poesias Metafísica do Eu, Editora Persona, com o poema QUERO OLHOS ;
  • 2023 - Selecionada pra a 11ª Edição da Revista SerEsta, A vida e obra de Paulo Leminsk, com o poema EL BIGODON DE CURITIBA ;
  • 2023 - Classificada no 1º concurso de poesia do Jornal Maria Quitéria- BA, com o tema " Mãe, um verso de amor", com o poema UM MINUTO DE SILÊNCIO À ESSAS MULHERES MÃES;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol. 4, tema Vozes da Solidão, editora E-33, com a crônica A MÃE;
  • 2023 - Selecionada para a 9ª ed. da Revista Mar de Lá, como poema O POETA E A AGULHA;
  • 2023 - Classificada no concurso de Prosa Poética , Editora Persona, com o texto QUERO DANÇAR UMA MÚSICA CONTIGO;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.5, tema Vozes do Sertão, editora E-33, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.6, tema FÉ, Editora E-33, com o poema OUSADIA POÉTICA;
  • 2023 - CLASSIFICADA para a Antologia Embalos Literários, Editora Persona, com o conto SEM AVISAR;
  • 2023 - Classificada na 18ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema FLORES, com o poema O PODER DA ROSINHA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.7, tema AMIZADE, Editora E-33, com o poema AMIZADE SINCERA;
  • 2023 - Classificada em 8ª posição no Prêmio Castro Alves, na 33ª ed. Concurso de Poesia com temática Espírita, com o poema SOLIDARIEDADE;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.8, Vozes da Liberdade, tema , Editora E-33, com o poema REVOADA;
  • 2023 - Classificada para a Antologia Desejos profundos - coletânea de textos eróticos , Editora Persona, com o poema AGASALHA-ME;
  • 2023 - Classificada para antologia Roteiros Adaptados 2023 - coletânea de textos baseados em filmes, Editora Persona, com o texto BARBIE, UMA BONECA UTILITÁRIA;
  • 2023 - PRIMEIRO LUGAR no Concurso , edital 003/2023 - Literatura - seleção de projetos inéditos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Araçatuba, com o livro infantojuvenil DENGOSO, O MOSQUITINHO ANTI-HERÓI;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea Cronistas Contemporâneo, pela Editora Persona, com o texto A CONSTRUÇÃO DE UMA PERSONAGEM;
  • 2024 - Classificada para 19ª edição da Revista Literária Ecos da Palavra, com o poema A PASSARINHA;
  • 2024 - Classificada para a 13ª edição da Revista Mar de Lá, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea "Um samba no pé, uma caneta na mão", tema carnaval, pela Editora Persona, com o poema DEIXA A VIDA TE LEVAR;

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PERMITA-SE - 1º Classificado Concurso "Osmair Zanardi", da AAL




Poema "Permita-se" - 1º classificado no concurso de poesia Osmai Zanardi, promovido pela Academia Araçatubense de Letras, 2017

PERMITA-SE


Hei, cara, permita-me ser, assim, do jeito que nasci. Sou por mim tão querido!
Queremos, eu e meus iguais, do mundo variegar o colorido.
Não julgamos nossas cores melhores que a sua, respeitamos-lhe a identidade.  
mas se juntar a sua às  nossas, elas ficarão ainda mais belas.
 Permita que nos velhos olhares despontem inspirações a uma nova aquarela.
Não busque impedir a biodiversidade, o conviver com suas peculiaridades!
Somos, eu e os ativistas da nossa causa, parte dela! Da natureza emanada!
Por que nos deseja extintos? Em que o nosso biotipo o desagrada?
  

Hei, rapaz, permita-me, com meus recursos, viver como sou,
deixar à vista o que de diferente há em mim, em virtude do que  a vida  me doou,
 para que, com a minha diferença, eu possa dialogar pacificamente,  
- aprender com alegria que também tenho talentos imanentes:  
- fazer-me crer que  com ela conseguirei  apoios quando sentir tristezas,
- ser uma razão para que me respeitem com  as minhas verdades, 
e, com ela – a diferença- , redescobrir,  nas minhas entranhas, minhas fortalezas.
Temos o que somos, e estamos da justiça carentes. Não tente! Não nos afugente da sociedade.


Hei, companheiro, permita-me caminhar entre os seus
para que eu possa viver  seguro  em companhia dos meus.
Não arme arapucas para nós, rompendo-nos o passo.
Não nos apedreje, não nos sangre, e do nosso sonho não subtraia o espaço.
Não nos difame, não nos agrida as emoções, ou o nosso sonhar.
não nos dilacere a alma, não se permita, por sua ferida, nos odiar.
Sou mais uma ave colorida com feição definida. Por isso não me calo.
Além de querer melhorar o que sou, descobri que consigo amá-lo.  

  
Hei, colega, permita-me dizer aos “perfeitos”, que há tantos como eu, excluídos.
Mesmo sofrendo, respeitamos os que, por conceitos, não trazem olhares coloridos.
Feridos, renovamos nossa pluralidade. Somos pássaros que da Paz trazemos o manto.
Pela graça da vida, estamos incluídos nas diversidades para embelezá-las.
Não trazemos munições. Nossas nuanças não querem matar-lhes o canto!
Nas gaiolas dissimuladas, compostas por aversões, experimentamos os ferrões
e as navalhas dos que se dizem espadas, viris, valentes , mas... em suas valas,
nem suspeitam que se auto mutilam com seus sentimentos de rejeições.


Hei, permita-me chamá-lo de você, de meu irmão, de meu amigo...
Converse comigo! Também sou do “gênero” humano. Sou todo zodíaco, não ariano.  
Por que foge, se camufla e volta com bando  e em nós insufla sua violência?
O que dói no seu olhar, no seu corpo, no seu pensamento, na sua existência
quando vê  criação  como eu? Por que necessita agredir, com sua frieza,
 a nossa natureza? Incomoda-o não sermos formação  da mesma costela?
Nossas florestas são imensas. Por que deseja que a sua intolerância seja maior que elas?
Nelas cabem nossas cores e nossos cantos! Observe-as e aparemos nossas arestas!


Hei! Permita-me, com esse vôo que é tão meu, ser  do gênero que  eu quiser.
O meu vôo, não precisa imitá-lo! Sem resvalo, faça o seu como lhe apraz,
valorizando do seu voar o matiz. Evite em você a cólera e não se faça juiz:
 não nos acuse, não nos julgue, não nos condene por não gostar da cor do alheio arco-íris.
Sei que há diferenças entre nós e isso muito o perturba, lhe é mordaz! Nota-se!
Assemelhemo-nos em alguma causa: como eu, permita-se à felicidade. Seja sublime!
Que a arbitrariedade, por você, a nós imputada, não seja a razão do seu crime.
Não manche de sangue suas mãos por um preconceito que não nasceu com você.



 Rita de Cássia Zuim Lavoyer

terça-feira, 21 de novembro de 2017

MICROCONTO- UM ENORME EXERCÍCIO DE ESCRITA




Quem nunca ouviu falar que quem conta um conto aumenta um ponto?

Neste tempo de correria e, tendo um celular nas mãos o tempo todo, nada melhor que um textinho interessante que caiba na tela do aparelho para ser lido enquanto se exercita outras atividades.  E microconto é um formato de texto literário que caiu no gosto dos leitores de todos os tipos. São rápidos de serem lidos e, principalmente, de serem escritos. 

Quem gostaria de escrever, mas não tinha assunto suficiente para rechear páginas, eis que o microconto veio como solução para transformar em criatividade as ideias mofadas nas cacholas.

Hoje, no universo virtual, há inúmeras comunidades dedicadas a essas produções, reunindo pessoas de todas as idades, culturas e gostos para escreverem o máximo com o mínimo de palavras. Algumas comunidades estipulam 140, outras 300, até 500 caracteres.  Mais do que isso descaracteriza o formato de microconto.

 A primeira vez que me convidaram para participar de um grupo, entrei, li os textos postados e caí fora,  achando que esse tipo de produção era para gênios, que conseguem  narrar histórias com 300 caracteres,  não para mim que escrevo pelos cotovelos.  O convite retornou. Ficaria  feio se recusasse novamente. Encarei a batalha. Passei a produzir microcontos diariamente e a lê-los também. Impressionante como num grupo com 2000 participantes, diferentes histórias surgem, tendo apenas uma palavra como tema para a narrativa. Fui exercitando minhas letrinhas e peguei gosto pela produção. A amiga Fátima Florentino, de Araçatuba, também integrante do mesmo grupo, idealizou o seu no facebook e novos integrantes estão chegando.

Diariamente, uma palavra- sempre substantivo-, é postada no grupo. Com ela, desenvolvemos nossas narrativas.  Estamos nos divertimos e nos impressionando com as criatividades dos nossos colegas. Postamos nossos microcontos escritos ao nosso estilo. Não há policiamentos nem correções de ideias. Não é concurso, não há competições, por isso o feedback  entre os participantes nos é muito gratificante e as experiências que trocamos nos ajudam a melhorar em nossas produções. Sendo um grupo, para ele não desandar, há regras. A produção sobre a palavra do dia deve ser postada no dia dela. O limite de caracteres: 300, contando espaços e pontuações, deve ser respeitado.

Produzir microconto nos induz a escolha das palavras ideais, que nos expressem com objetividade. Ensina-nos a eliminar o que é irrelevante. A palavra do dia não tem que ser explicada e o final, surpreendente, fica por conta da interpretação do leitor.

Se você tem vontade de escrever, mas não tem tempo, o microconto é uma solução. Tem vontade e ler e não tem tempo, microconto é opção. Vontade de extravasar ideias: microconto. Diversão? Microconto! Tédio: Microconto também.
Vamos! Comece agora! Escreva. Pare. Corte. Continue.

Se quiser participar do nosso grupo, procure-o no facebook:   microcontofatimaflorentino . Ali, você poderá postar seu microconto e interagir com entusiastas que ainda estão aprendendo, mas que aderiram ao enorme exercício de produzir muito mais textos com o mínimo possível de palavras.  
Venha! Junte-se a nós nesse exercício de escrita em que o menos é cada vez mais.  O convite está aberto. Esteja à vontade para nos agraciar com seus grandiosos enredos: com apresentação, conflito e resolução, premiando-nos, seus leitores que seremos, com a sua criatividade, única entre nós.


Rita de Cássia Zuim Lavoyer

MICROCONTOS


Palavra do dia: COLÔNIA

Sentindo-se magra, investiu tudo numa Colônia para quem deseja ganhar peso. Com os hóspedes, se entusiasmaria a comer muito- pensou. Tornou-se sucesso e o trabalho a consumia. Sem tempo para se alimentar, virou cisco, caiu sobre uma panela. Depois da refeição, nunca mais viram a dona da colônia.   


Palavra do dia:  DINHEIRO

- Deputado, há algo de podre no reino dos políticos!
- O que é podre? O que não se usa apodrece! Dizem que batata podre estraga as boas. Há frutas que caem de podre.
- Senhor, falo de dinheiro. Malas cheias de notas verdinhas.
- Então, sua besta. Vamos aproveitar as verdinhas antes que apodreçam.



Palavra do dia: Parágrafo

-Dedinho, parágrafo, travessão.
Assim, Pedro começava a escrever o que sua professora ditava. Por amor a ela é professor e repete: dedinho, parágrafo, travessão.
Baseados em parágrafos das leis, acusaram-no por estimular alunos a usarem os dedos nos travessões dos colegas e cassaram-lhe o diploma.  



Palavra do dia: RIO

Fez dos sonhos cajado. Se conseguiram abrir o Mar Vermelho, abrir caminhos para os rios será milagre de bom tamanho.
Maquinarias trabalharam. Valas e mais valas rasgaram os solos do sertão. Agora é espera a chuva para pôr fim ao êxodo dos Severinos, senão as valas terão a mesma cor daquele Mar. 


Palavra do dia: poema

Decorou o poema “ batatinha quando nasce espalha rama...”, para dizer à ela quando passasse em sua frente. Ela passou. Ele emudeceu. Ela jogou-lhe um bilhete. Ele o pegou. Leu: “Você quer comer batatinha frita comigo no Mac Donald”?
 Rasgou o bilhete e foi perguntar à mãe o que ia ter para o jantar.



Palavra do dia: cócegas

Adorava dormir no braço do esposo, experimentando os pêlos do sovaco dele a lhe fazer cócegas no nariz.


Palavra do dia: meias

Irã diz que tem uma varinha mágica. Com ela, pega, de cima do muro, as meias que Vera põe no varal. Quando ela se dá conta do sumiço, grita e bolas de meias quebram suas vidraças. Pego em flagrante, ela fez mágica com a varinha dele. Sem poder sentar, a cada meia hora, ele sente a magia de novo.   


Palavra do dia:  fita

Sapatinho preto colegial, meia ¾ , sainha plissada, camisa branca, marias-chiquinhas enfeitadas com fitas coloridas... Lá vai ele, todo serelepe, pra vida noturna, disfarçado de normalista, para ensinar aos brutos, ao seu modo, que não se pode dar a um homem sugestões de como ele deve se vestir.


Palavra do dia: espada

Dina fez do útero abrigo; do estômago lavoura; do coração semente, dos olhos água, das mãos arado, colheitadeira, dos pés fogo para cozer aos seus pequenos. Trazia as cicatrizes das lâminas, mas espada alguma a derrubava. Vencida as batalhas, deu seu último suspiro nos braços dos filhos criados.   


Palavra do dia: carta

- Cabral, que devo escrever na Carta do Achamento?
- Ora, Pero, escrevas que descobrimos adultos e crianças pelados vivendo com bichos. Mas usa aquelas linguagens da Idade Média, senão tua carta não entrará para a história da arte e “Movimentos Anticartas Obscenas” te cassarão a escrita. Tu queres?

Palavra do dia: carta
Encostou. Transpiravam-lhe as mãos. A boca seca, o coração acelerado, a confusão, as pernas bambas, o frio na espinha e, ali, na estrada, quando o policial pediu-lhe a habilitação, fugiu! Alcançado, disse que é trabalhador, abstêmio e que fugiu porque não tem habilitação, só carta de motorista.


Palavra do dia: braça

Mediram, somaram, dividiram e concluíram: as cabeças estavam ¼ de braça distantes uma da outra.
Como uma jaca pode cair e atingir os dois?
Peritos buscam entender que bode foi esse de a jaca se espatifar na cabeça da cabrita e do Zequinha no mesmo instante! Investigam se provocaram tremor no solo.


Palavra do dia: costureira

Era costureira muito temida. Fez o Aedes Aegypti proliferar na cidade. Às noites, saía à caça de sapos. Enfiava papéis com nomes dos seus desafetos nas bocas deles e as costurava.
Ontem, a natureza a viu sofrendo com dengue hemorrágica. A bem da terra, não gravaram o nome dela na lápide do túmulo.

  
Palavra do dia: Árvore

Romântico, Enzo sonhou uma liberdade utópica. Fugiu para a natureza. Com ela identificou-se. Fixou-se ali. Fez parte dela. Viu-se árvore. Debaixo dela fez o balanço da sua existência. Regresso, concluiu: há sonhos possíveis. Agora, lança sementes. Quer ser árvore e sombra para quem dele precisar. 


Palavra do dia: governo


Em sufrágio ao frágil governo dos frascos e comprimidos, Né tomou uma dose relevante de medida provisória e sofreu um permanente ataque corruptível de memória. Por conta da sua ingestão, perdeu o domínio sobre o que sabe e o que não sabe. Em apoio ao Né, os governos aderiram ao laxante Tomarnócu. 

--------------------------------------Por Rita Lavoyer ___---------------------------------

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

MOCINHAS SEXAGENÁRIAS - SESC BIRIGUI

Foto: Willians Menane


Por Rita de Cássia Zuim Lavoyer
Birigui, a Cidade Pérola, capital do calçado, pedaço precioso do Brasil, é uma cidade que respeita a natureza. E para colaborar com seu progresso estabeleceu-se, ali, o Sesc que, atuante, caminha lado a lado com o tempo, por isso entendeu que sua unidade precisava expandir. 
Havia um terreno de glamourosa história registrada na Vila Xavier. Idealizaram-no: local adequado para o projeto de expansão. Parcerias firmadas, a doação do terreno concretizou-se. Com a graça da beleza que a natureza oferece, habitavam ali vinte e quatro Palmeiras Imperiais – mocinhas sexagenárias –, predestinadas à soberania. Esbanjando elegância de estilo, são, do presente, o valor. 
Ah! Não se podia matar tanta beleza natural em nome de bela obra de arquitetura. A solução seria pedir às Palmeiras licença para mudar-lhes o espaço, conservando o seu endereço. Ah, a Natureza respirou aliviada, o homem ouvira-lhe as preces e, por intermédio do Sesc, as Palmeiras, naquele terreno, estarão preservadas.

Mãos à obra que o sonho já é realidade. Reuniões, planejamentos, roteiros, etapas, esboços, demolições, limpezas, terraplenagem,  arquitetura, engenharia, planta humanizada, estruturas, design, instalações, jardinagens, tudo pensado, discutido e aprovado para que as “Estrelas em destaque” sejam, nesse Universo do Sesc, a sua marca registrada.
Novos empreendimentos exigem trabalhos e as Palmeiras souberam que desse espetáculo são as protagonistas, para as quais todos os empenhos seriam consagrados.  Para usufruírem melhor bem estar nessa nova morada, avisaram-nas de que do berço em que estavam, a outro precisavam ser transplantadas.
As “Vinte e Quatro Mocinhas”, exultantes, concederam singela licença. Valentes, aceitaram o desafio: deixaram-se conduzir a tão responsável aventura.
E a terra foi revolvida. Como joias, feitos os cálculos, as Palmeiras, uma a uma, carinhosamente, foram removidas e postas em destaque no projeto arquitetônico.  Em reverência às suas origens, levaram consigo suas raízes e de humildades fertilizaram-se. Ante os novos espaços, no mesmo terreno, a elas destinados, viram-se transplantadas. Ali, brincando, exibiam suas silhuetas esguias com mais de doze metros de altura, alegrando dos céus seus carizes. Mostravam-se gigantes, gloriosas a essa nova etapa.
Dia a dia, compreendiam que deixar o seu solo, experimentando outros lugares, extraindo deles o necessário aos seus fortalecimentos, lhes aumentava o vigor. Aos  pássaros desejam-se pousada, sustento, potencializando a ambos as suas finalidades, virtude que a vida lhes proporcionou.  
Enquanto pesquisas e projetos se desenvolviam e aos poucos se concretizavam  para transformar o recinto em  ecológico e ambientalmente o mais sustentável possível, havendo  duradoura reciprocidade entre as Palmeiras, seus tempos e seus espaços,  a gestação do padrão estrutural perpetuava em sua coluna o retrato de cada uma delas, valorizando-lhes os perfis.
E elas, assistindo tranquilamente ao trabalho, durante cinco anos, aprofundaram-se em propensa fortuna. Tudo já era realidade. Hoje, podemos ver que o projeto se adequava às Palmeiras. Aos nossos olhos presenteados o deleite de toda uma arte onde das Palmeiras impera o verde de seu matiz, registram no conjunto da obra os seus DNAs, porque o Sesc Birigui é tal como as Palmeiras Imperiais e elas, cientes dessa unificação, agradecidas, o edificarão. 
Revigoradas com os tratamentos que receberam e, findado o processo dessa criação, revestidas da estirpe que lhes foi consagrada, guarnecidas de maturidade, sagraram-se Senhoras de si. Novamente transplantadas, ganharam, cada uma, a poltrona que lhe é de direito, para que, estabelecidas em seus canteiros, assistam, abrilhantando, a unidade a elas planejada.
Com total autonomia, as Palmeiras Imperiais ruflam suas folhas ao tempo para dizer-lhe que continuarão lado a lado com ele em suas infindáveis jornadas, porque no Sesc Birigui- Capital das Palmeiras,  é o lugar  onde elas, para todo o sempre,  desejam ser e estar. Privilégio que, desde os seus nascimentos, a Natureza registrou em suas credenciais.  
  



Rita de Cássia Zuim Lavoyer é professora de literatura e escritora.
A convite do Sesc, Rita nos presenteou com o texto contando a história de um dos principais elementos da paisagem da nova Unidade do Sesc em Birigui, as palmeiras imperiais (
Roystonea oleracea) que estão presentes no terreno ha mais de sessenta anos e que foram preservadas durante a obra do complexo Sesc em um delicado processo de transplante e preservação.
 
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segunda-feira, 6 de novembro de 2017