
Não apenas hoje, mas todos os dias eu me lembro do senhor, porque tudo o que tenho traz a sua imagem.
Seu garotão! É isso que o senhor ainda é. Um meninão que sempre me fez gente grande. Sempre fui franzino, pai, mas o senhor me achava o máximo. Ah, fala sério, sabia que eu não levava jeito para o futebol, mas o senhor torcia desvairadamente quando eu apenas corria atrás da bola.
O senhor se lembra das minhas notas vermelhas? E me dizia sempre que melhoraria se eu me esforçasse. Estudava sempre a matemática comigo. O senhor me dizia ser o melhor nessa disciplina. A mamãe te olhava com rabo de olho desmentindo-o. Eu sei que o senhor é o melhor na matemática. Consegue multiplicar paciência, amor e me dobrou as esperanças. O senhor também é cientista, mágico, profeta. Conseguiu comigo o que até Deus duvidava. Pai, o senhor soube ser o Deus, ainda é e será sempre o meu herói.
Que coisa mais linda vendo-o abraçado à mamãe. Que casal vocês formam. Um bom pai se completa com uma boa mãe e vice-versa. E eu tenho que pedir mais o quê? Vivo em porto seguro, me ensinaram o caminho da religião, do respeito ao próximo e a mim mesmo.
Vi e passei por momentos difíceis, mas nunca me deixou desanimar. Pai, o senhor esteve presente no meu passado e estará no meu futuro. O senhor é o meu presente. Eu o ganhei logo que me desembalaram na maternidade.
Que pena, pai, poucos conseguirem ter um pai como eu tenho.
Pai, quando eu for pai, quero ser o pai que o senhor é. E quando o meu filho me olhar, que veja em mim a sua figura de homem de respeito.
Não vou amá-lo, presenteá-lo e agradecê-lo somente nos dias dos pais. Eu sou o seu filho todos os dias; o senhor, o meu pai eternamente.
Hum... é um lírico masculino. Estou com febre
Rita Lavoyer
2 comentários:
... não presenteá-lo só no dia dos pais... você é pai todos os dias... Sabe, Rita esse apelo comercial macula sentimentos de amor, reduzindo-o a bens materiais. Como é lindo quem pode ver as qualidades de um pai e querer usufruí-las... Nenhum cartão de crédito compra isso! Parabéns por sua crônica de amor filial. Abraço, Célia.
o que tanta gente queria escrever sobre o pai, homem ou mulher, tudo seria diferente se todos os pais assumissem seu verdadeiro papel, na missão que Deus lhe deu. parabéns Rita adorei seu "eu lírico"
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