CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS LITERÁRIOS

PREMIAÇÕES LITERÁRIAS

2007 - 1ª colocada no Concurso de poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia O FILME;

2010 - Menção Honrosa no Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto A CARTA;

2012 - 2ª classificada no Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O BEIJO DA SERPENTE;

2012 - 7ª colocado no concurso de blogs promovido pela Cia dos Blogueiros - Araçatuba-SP;

2014 - tEXTO selecionado pela UBE para ser publicado no Jornal O Escritor- edição 136 - 08/2014- A FLOR DE BRONZE //; 2014 – Menção honrosa Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto LEITE QUENTE COM AÇÚCAR;

2015 – Menção honrosa no V Concurso Nacional de Contos cidade de Lins, com o conto MARCAS INDELÉVEIS;

2015 - PRIMEIRA CLASSIFICADA no 26º Concurso Nacional de Contos Paulo Leminski, Toledo-PR, com o conto SOB A TERRA SECA DOS TEUS OLHOS;

2015 - Recebeu voto de aplausos pela Câmara Municipal de Araçatuba;

2016 – 2ª classificada no Concurso Nacional de contos Cidade de Araçatuba com o conto A ANTAGONISTA DO SUJEITO INDETERMINADO;

2016 - classificada no X CLIPP - concurso literário de Presidente Prudente Ruth Campos, categoria poesia, com o poema AS TUAS MÃOS.

2016 - 3ª classificada na AFEMIL- Concurso Nacional de crônicas da Academia Feminina Mineira de Letras, com a crônica PLANETA MULHER;

2012 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - Recebeu o troféu Odete Costa na categoria Literatura

2017 - 13ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de abril de microconto Escambau;

2017 - Classificada no 7º Concurso de microconto de humor de Piracicaba.

2017 - 24ª classificada no TOP 35, na 2ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 15ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de outubro de microconto Escambau;

2017 - 1ª classificada no concurso de Poesia "Osmair Zanardi", promovido pela Academia Araçatubense de Letras, com a poesia PERMITA-SE;

2017 - 11ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de outubro de microconto Escambau;

2018 - 24ª classificada no TOP 35, na 3ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - Menção honrosa na 4ª edição da Revista Inversos, maio/ com o tema Crianças da África - Poesia classificada BORBOLETAS AFRICANAS ;

2018 - 31ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 4ª semana de janeiro de microconto Escambau;

2018 - 5ª classificada no TOP 7, na 1ª semana de junho de microconto Escambau;

2018 - 32ª classificada no TOP 35, na 3ª semana - VII de junho de microconto Escambau;

2019 - Classificada para antologia de suspense -segundo semestre - da Editora Jogo de Palavras, com o texto OLHO PARA O GATO ;

2019 - Menção honrosa no 32º Concurso de Contos Cidade de Araçatuba-SP, com o conto REFLEXOS DO SILÊNCIO;

2020 - 29ª classificada no TOP 35, na 4ª semana - VIII de Prêmio Microconto Escambau;

2020 - Menção honrosa no 1º Concurso Internacional de Literatura Infantil da Revista Inversos, com o poema sobre bullying: SUPERE-SE;

2020 - Classificada no Concurso de Poesias Revista Tremembé, com o poema: QUANDO A SENHORA VELHICE VIER ME VISITAR;

2020 - 3ª Classificada no III Concurso de Contos de Lins-SP, com o conto DIÁLOGO ENTRE DUAS RAZÕES;

2020 - 2ª Classificada no Concurso de crônicas da Academia Mogicruzense de História Artes e Letras (AMHAL), com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA

CLASSIFICAÇÕES EM CONCURSOS

  • 2021 - Selecionada para a 6ª edição da revista SerEsta - A VIDA E OBRA DE MANUEL BANDEIRA , com o texto INILUDÍVEL ;
  • 2021 Selecionada para a 7ª edição da revista SerEsta - A VIDA E A OBRA DE CECÍLIA MEIRELES com o texto MEU ROSTO, MINHA CARA;
  • 2021 - Classificada no 56º FEMUP - com a poesia PREPARO A POESIA;
  • 2021 - Classificada na 7ª ed. da Revista Ecos da Palavra, com o poema CUEIROS ;
  • 2021 - Classificada na 8ª ed. da Revista Ecos da palavra, cujo tema foi "O tempo e a saudade são na verdade um relógio". Poema classificado LIBERTE O TEMPO;
  • 2022 - Classificada no 1º Concurso Nacional de Marchinhas de Carnaval de Araçatuba, com as Marchinhas EU LEIO e PÉ DE PITOMBA;
  • 2022 - Menção honrosa na 8ª edição da Revista SerEsta, a vida e obra de Carlos Drummond de Andrade , com o texto DIABO DE SETE FACES;
  • 2022 - Classificada na 10ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema mulher e mãe, com o texto PLANETA MULHER;
  • 2022 - Classificada na 20ª ed. Revista Inversos, tema: A situação do afrodescendente no Brasil, com o texto PARA PAGAR O QUE NÃO DEVO;
  • 2022 - Classificada na 12ª ed. Revista Ecos da Palavra, tema Café, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2022 - selecionada para 1ª antologia de Prosa Poética, pela Editora Persona, com o texto A FLOR DE BRONZE;
  • 2022 - Selecionada para 13ª edição da Revista Ecos da Palavra, tema MAR, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 2ª edição da Revista Mar de Lá, com o tema Mar, com o poema MAR EM BRAILLE;
  • 2022 - Classificada para 3ª Ed. da Revista Mar de Lá com o microconto UM HOMEM BEM RESOLVIDO;
  • 2022- Classificada com menção honrosa no 34º Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba, com o conto O CORTEJO DA MARIA ROSA;
  • 2022- Classificada pela Editora Persona com o conto policial QUEM É A LETRA L;
  • 2022 - Classificada no Concurso da E-33 Editora, Série Verso e Prosa, Vol.2 Tema Vozes da Esperança, com o poema POR ONDE ANDAS, ESPERANÇA? ;
  • 2023 - Classificada na 15ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema VENTO;
  • 2023 - Classificada para coletânea de poetas brasileiros pela Editora Persona, com o poema CUEIROS;
  • 2023- Selecionada na 23ª ed. da revista Literária Inversos com tema "Valores Femininos e a relevância do empoderamento e do respeito da mulher na sociedade contemporânea", com o poema ISSO É MULHER;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Contos de Humor, Editora Persona, com o conto O PÃO QUE O QUINZIM AMASSOU;
  • 2023 - Classificada no Concurso de Poesias Metafísica do Eu, Editora Persona, com o poema QUERO OLHOS ;
  • 2023 - Selecionada pra a 11ª Edição da Revista SerEsta, A vida e obra de Paulo Leminsk, com o poema EL BIGODON DE CURITIBA ;
  • 2023 - Classificada no 1º concurso de poesia do Jornal Maria Quitéria- BA, com o tema " Mãe, um verso de amor", com o poema UM MINUTO DE SILÊNCIO À ESSAS MULHERES MÃES;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol. 4, tema Vozes da Solidão, editora E-33, com a crônica A MÃE;
  • 2023 - Selecionada para a 9ª ed. da Revista Mar de Lá, como poema O POETA E A AGULHA;
  • 2023 - Classificada no concurso de Prosa Poética , Editora Persona, com o texto QUERO DANÇAR UMA MÚSICA CONTIGO;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.5, tema Vozes do Sertão, editora E-33, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.6, tema FÉ, Editora E-33, com o poema OUSADIA POÉTICA;
  • 2023 - CLASSIFICADA para a Antologia Embalos Literários, Editora Persona, com o conto SEM AVISAR;
  • 2023 - Classificada na 18ª edição da Revista Literária ECOS da Palavra, com o poema FLORES, com o poema O PODER DA ROSINHA;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.7, tema AMIZADE, Editora E-33, com o poema AMIZADE SINCERA;
  • 2023 - Classificada em 8ª posição no Prêmio Castro Alves, na 33ª ed. Concurso de Poesia com temática Espírita, com o poema SOLIDARIEDADE;
  • 2023 - Selecionada para Antologia literária - Série Verso e Prosa. Vol.8, Vozes da Liberdade, tema , Editora E-33, com o poema REVOADA;
  • 2023 - Classificada para a Antologia Desejos profundos - coletânea de textos eróticos , Editora Persona, com o poema AGASALHA-ME;
  • 2023 - Classificada para antologia Roteiros Adaptados 2023 - coletânea de textos baseados em filmes, Editora Persona, com o texto BARBIE, UMA BONECA UTILITÁRIA;
  • 2023 - PRIMEIRO LUGAR no Concurso , edital 003/2023 - Literatura - seleção de projetos inéditos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Araçatuba, com o livro infantojuvenil DENGOSO, O MOSQUITINHO ANTI-HERÓI;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea Cronistas Contemporâneo, pela Editora Persona, com o texto A CONSTRUÇÃO DE UMA PERSONAGEM;
  • 2024 - Classificada para 19ª edição da Revista Literária Ecos da Palavra, com o poema A PASSARINHA;
  • 2024 - Classificada para a 13ª edição da Revista Mar de Lá, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea "Um samba no pé, uma caneta na mão", tema carnaval, pela Editora Persona, com o poema DEIXA A VIDA TE LEVAR;
  • 2024 - Selecionada para compor a coletânea "Revisitando o Passado", promovido pelo Projeto Apparere, com a crônica COZINHA DE MEMÓRIA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea de Poetas Brasileiros,2024, Editora Persona, com o poema IMAGEM DE OUTRORA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Antologia JOGOS DO AMOR, promovida pela Revista Conexão Literária, com o tema O jogo do amor, poema classificado: TENHO MEDO;
  • 2024- Selecionada para 20ª ed. da Revista Literária Ecos da Palavra, com o tema INFÂNCIA, com o poema DEBAIXO DE UMA LARANJEIRA;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea SOB OSSOS E SERPENTES, da Tribus Editorial, com o conto, com 9.999 caracteres, O BEIJO DA SERPENTE,
  • 2024 - Selecionada para a 21ª Edição da Revista Literária Ecos da Palavra, com o poema REVOADAS;
  • 2024 - Selecionada para a Coletânea de poemas Intimistas Existencialistas, com o tema A Arte do Eu, promovido pela Editor Persona, com o poema GOTAS DA CHUVA ;
  • 2024 - Selecionada para compor a antologia NÓS , textos de autoria feminina pela SELO OFF FLIP, com a crônica MULHER, FONTE DA ÁGUA;
  • 2024 - Classificada na 27ª Edição do Concurso da Revista Literária Inversos, com o tema "Culinária Típica da Festa de São João", promovido pela Academia de Letras e Artes de Feira de Santana (ALAFS) e Academia Metropolitana de Letras e Artes, com o poema SEU ZEQUINHA NO SÃO JOÃO DO NORDESTE;
  • 2024 - Classificada no concurso Literário MEMÓRIAS DE AFETO, promovido pela Lítero Editorial, com o poema O TORRADOR DE CAFÉ;
  • 2024 - Selecionada para compor a 22ª edição da Revista Ecos da Palavra , temática Animais, com o texto ORAÇÃO DOS BICHINHOS ;
  • 2024 - Selecionada para compor a Coletânea de Microconto-2024, promovido pela Editora Persona, com o microconto ROSTO;

domingo, 15 de setembro de 2024

Permita-me - por Rita Lavoyer







 

BOLO DE BATATA-DOCE SEM GLÚTEN

 

BOLO DE BATATA-DOCE SEM GLÚTEM

 Por Rita Lavoyer 

Ontem, sábado, dia 14/09, decidi que faria algo diferente.

Sai para comprar a batata-doce, a farinha de arroz integral, porque não tem glúten, o leite de coco para substituir o leite de vaca integral, o desmoldante culinário (sem glúten) para evitar uso de outros insumos indesejáveis para a receita que pretendia para o bem-estar dos meus queridos familiares fofinhos. Amo-os por inteiro, mas é bom ajudá-los a diminuir as porçõezinhas que trazem a mais em suas belezas.

Enfim, fui preparar o tal de bolo de batata-doce com a farinha de arroz integral. Pensei: hoje verei meus amados se esbaldarem sem me sentir culpada pelas gulodices, que a MINHA FORÇA DE VONTADE  me obriga a preparar diuturnamente, para eles.

 A massa ficou linda:  batata-doce crua, ovos, leite de coco, queijo parmesão, óleo de girassol, fermento químico  e a farinha. Huum,  deu-me vontade de comê-la crua. Como esses tipos de vontade eu mato na hora, comi de colherada. Foi quando me dei conta que o meu paladar é feliz mesmo à moda antiga. O sabor nem chegou perto das deliciosas massas que preparo, esparramando farinha de trigo por toda a cozinha. Gosto de preparar alimentos farináceos com a minha blusinha preta, só para ficar toda branquinha na cozinha, com cara de padeira feliz dentro da sua padaria. UM DIA SEREI PADEIRA, CONFEITEIRA!

Calma, pensei, após assado, com os ingredientes mais incorporados, o  bolo ganhará novo sabor.

Como adoro ver o processo do assado em andamento, fico observando pela janela do forno o crescimento da massa acontecer diante dos meu olhos. Não há felicidade maior para uma cozinheira do que ver seu trabalho ser processado com sucesso. E foi! O bolo cresceu, e o desejo de ver o resultado pôs minha ansiedade em ação. Retirei a obra de arte no tempo que minha gulodice estipulou, desinformei, cortei e experimentei quente mesmo. O amargo que senti na colherada anterior acentuou após assado. Foi quando me dei conta, de novo, que o meu paladar é teimoso, radical , que é  feliz à moda antiga, com a farinha de trigo sob meu poder. Convidei meus queridos a experimentarem meu feito.  Não gostaram. Aí há uma vantagens.  Ficarão bom tempo sem comer por hoje, porque até às 13h só tinha feito o bolo.

“Vai ter o que de almoço?” Não me alongarei no assunto.

Hoje, domingo de manhã, fiz meu café, olhei para o bolo, a aparência não ficou grande coisa porque o tirei antes do tempo do forno,  ele sorriu deliciosamente para mim, conversamos um bom tempo à mesa.  Ele à disposição e eu me permitindo, entreguei-me a ele com tanto prazer que retirei o segundo (bolo) do armário – fiz dois, aqui em casa tudo tem que ser feito à medido de tachos.

Para não promover exclusão, cortei um, depois o outro, tomando um golinho de café, outro, pingando leite. A massa do bolo está uma esponja, um algodão que some na boca.  Passei manteiga bem gordurosa, depois um requeijão daqueles mais baratos à base de farinha com soro de leite e fui, a cada mordida, entendendo o processo lento da deliciosidade do bolo que preparei. Frio, os sabores dos ingredientes moldaram-se, permitindo-me saborear um conjunto artístico de insumos que consagrei sorrindo.  Não o comi inteiro porque não me coube, mas considerando que comi a metade de cada um, logo...

Enfim, saborear um bolo sem glúten é para os fortes que controlam a ansiedade e eu comi meu bolo sem dó. Aprender a cozinhar é meu lazer. Escrever sobre lazeres também é gratificante. Façam bolo sem glúten, comam dialogando com ele, entreguem-se a essa gulodice  e sejam felizes nessa recíproca integração.

Bom apetite!

 



  






     



 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Dengue vira enredo de livro infantojuvenil

 https://www.hojemais.com.br/aracatuba/noticia/cultura/dengue-vira-enredo-de-livro-infantojuvenil


Dengue vira enredo de livro infantojuvenil

A escritora Rita Lavoyer usa poesia, ludicidade e informação para chamar a atenção para a conscientização no combate à doença


A luta de pequenos insetos na defesa do espaço onde vivem é o cenário da história do mais novo livro da escritora araçatubense Rita Lavoyer. Voltado ao público infantojuvenil, “Dengoso, o mosquitinho anti-herói” chama a atenção para a conscientização no combate à dengue com muita poesia, ludicidade e informação.

O lançamento será no próximo dia 4 de maio, a partir das 16h, no Saguão das Artes Mildred Lourdes Pacitti, na Biblioteca Municipal “Rubens do Amaral” , com entrada gratuita. Durante o evento haverá intérprete de Libras e os interessados poderão adquirir a obra, que estará a venda por R$ 50,00.

A obra traz ilustrações do artista Rafael Limaverde e coloca a dengue como ponto de partida para os leitores desenvolverem o senso crítico, mas de uma forma leve. “Quis uma narrativa que tratasse a questão sem pregar sermão. Logo, não se trata de uma cartilha que ensina como evitar a proliferação dos mosquitos, embora isso aconteça na atividade dos personagens. As ações entre eles mandam o recado”, explica.

O protagonista no enredo é o “Dengoso”, mosquito cativante e diferente dos outros de sua espécie, o que o faz ser estigmatizado pela mãe, a “Mosquitona”, que o chama de covarde. Porém, o amor entre ele e a mosquita “Aedesinha” muda sua vida e a vida dos insetos ao redor.

Poesia

A autora conta que a poesia tem papel importante na história, pois a Cigarra, que se intitula artista desobediente, exerce seu dom cantando, contando histórias e declamando poesias, para irritação da Senhora Borboleta, que deseja consertar o mundo.

De acordo com Rita, além do estímulo ao estreitamento dos laços da criança com a literatura e ao desenvolvimento da criatividade e da imaginação, o livro é uma ferramenta que pode contribuir na construção da cidadania e na formação de leitores críticos, autônomos e interpretativos.

Com isso, ela pretende estimular as crianças a lerem o mundo ao seu redor, se tornem sujeitos das ações que participam e despertem a consciência coletiva em assuntos que envolvam o tema dengue e outros.

Incentivo


A publicação é viabilizada por meio do edital de Literatura de 2023, do Programa de Fomento à Cultura de Araçatuba, com apoio da Prefeitura, da Secretaria Municipal de Cultura, do Fundo Municipal de Apoio à Cultura e do Conselho Municipal de Políticas Culturais.

Rita de Cássia Zuim Lavoyer é poetisa, contista e cronista com dez livros publicados, sendo oito dedicados ao público infantil. É formada em Letras e pós-graduada em Estudos Literários, Linguística e Psicopedagogia. Ela foi duas vezes contemplada com o Troféu Odette Costa na categoria Literatura, em Araçatuba. Até o presente, soma 70 classificações em concursos literários nacionais.

Serviço

Lançamento do livro
“Dengoso, o mosquitinho anti-herói”
Dia 4 de maio, sábado, às 16h
No Saguão da Biblioteca Pública “Rubens do Amaral”
(Rua Armando Salles, s/n, bairro Bandeiras, Araçatuba)
Informações: @ritalavoyer (Instagram)
www.ritalavoyer.blogspot.com



Livro para crianças aborda dengue e cidadania de maneira lúdica

 https://lr1.com.br/cidades/aracatuba/livro-para-criancas-aborda-dengue-e-cidadania-de-maneira-ludica-lancamento-acontece-no-sabado/


Livro para crianças aborda dengue e cidadania de maneira lúdica; lançamento acontece no sábado


Da Redação – Araçatuba

A partir da luta de pequenos insetos na defesa do espaço onde vivem se desenrola a história do mais novo livro da escritora Rita Lavoyer. Voltado ao público infantojuvenil, “Dengoso, o mosquitinho anti-herói” chama a atenção para a conscientização no combate à dengue com muita poesia, ludicidade e informação.

O evento de lançamento acontece no dia 4 de maio, a partir das 16h, no Saguão das Artes Mildred Lourdes Pacitti, na Biblioteca Municipal “Rubens do Amaral” (Rua Armando Sales de Oliveira, s/n, Bairro das Bandeiras, Araçatuba). A entrada é gratuita e a obra estará à venda no evento por R$ 50,00. Haverá intérprete de Libras.

A obra, que traz ilustrações do artista Rafael Limaverde, coloca a dengue como ponto de partida para que os leitores desenvolvam o senso crítico, mas de uma forma leve. “Quis uma narrativa que tratasse a questão sem pregar sermão. Logo, não se trata de uma cartilha que ensina como evitar a proliferação dos mosquitos, embora isso aconteça na atividade dos personagens. As ações entre eles mandam o recado”, comenta a autora.

No enredo, o protagonista Dengoso é cativante e diferente dos outros de sua espécie, e por isso, é estigmatizado por sua mãe, Mosquitona, que o chama de covarde. Até que o amor entre ele e a mosquita Aedesinha muda sua vida e a vida dos insetos ao redor.

Segundo Rita, a Poesia também tem papel importante na obra. Na história, a Cigarra, que se intitula artista desobediente, exerce seu dom cantando, contando histórias e declamando poesias, para irritação da Senhora Borboleta, que deseja consertar o mundo.

Como lembra a escritora, além do estímulo à aproximação e ao vínculo da criança com a literatura e ao desenvolvimento da criatividade e da imaginação, o livro é também uma ferramenta que pode contribuir na construção da cidadania e na formação de leitores críticos, autônomos e interpretativos.

A ideia é estimular as crianças a lerem o mundo ao seu redor, se tornarem sujeitos das ações que participam, despertando a consciência coletiva, em assuntos que envolvam o tema dengue e outros que o ultrapassem.

A autora

Rita de Cássia Zuim Lavoyer é poetisa, contista e cronista com 10 livros publicados – destes, 8 foram dedicados ao público infantil. É formada em Letras e pós-graduada em Estudos Literários, Linguística e Psicopedagogia. Foi duas vezes contemplada com o Troféu Odette Costa na categoria Literatura, em Araçatuba. Até o presente, soma 70 classificações em concursos literários nacionais.



quarta-feira, 11 de setembro de 2024

ONDE AS RECORDAÇÕES SE ANINHARAM

 

Onde as recordações se aninharam.

 

 

 

Lembro-me sempre dos causos contados pelo meu avô Vitório Segundo Baraldi, o DINHO, sobre quem já foi publicado nesta página.

Ele nos contava histórias de quando seus pais vieram da Itália.  Contava e recontava que no navio, para acolherem uns aos outros, distraíam-se ouvindo causos que ouviam naquelas terras banhadas pelo Mediterrâneo. Se para cada conto, ou causo contado, eles aumentaram um ponto, já não sei dizer.

O que sei dizer, digo porque ouvi. Contam, minha mãe dona Dirce, minhas tias Antônia e Adélia, com grande orgulho de guardarem em suas memórias -  os lugares onde as recordações de suas infâncias se aninharam -, que os seus avós italianos ANTONIO BARALDI e DIRCE MAÇONI BARALDI, depois que aportaram no Brasil, foram apear em Vila Elisiário, que hoje pertence à microrregião de Catanduva.  Dali rumaram para um matagal que logo recebeu o nome de Vila Áurea. E com eles se achegaram mais pessoas, demarcando terras, formando famílias. Desenvolveram a agricultura, formaram uma comunidade

Minha mãe repete sempre a mesma história,  que quando ela era criança, com suas irmãs, e  seus pais ALZIRA ESMERIA DA CONCEIÇÃO e VITÓRIO BARALDI,  moravam numa casinha de barro no sítio dos avós Baraldi que, segundo ela, se chamava Fazenda Limoeiro.  Os avós maternos da minha mãe, dona ANTONIA ESMÉRIA DA CONCEIÇÃO e Senhor J0EL MARTINS DE ANDRADE, tinham um sítio que se chamava Sítio Andrade. Elas contam e recontam sobre os vizinhos daquela época. Moravam, no fundo da Fazenda Limoeiro, as famílias Felisbino, Primo Polo,  Luciano Polo e Marqueti. Do outro lado ficavam as famílias Rincão, Mário Hermogenes e Hermínio Marqueti. Do lado esquerdo José Barbosa, Moacir Camargo. Finalmente Olivio Mereti. Em frente  estavam  Senhor Servino de Abreu, Pedro Dias Barbosa e César Lulio, mais a frente,  descendo, encontrava-se o sítio do avô  Joel Martins de Andrade. Próximo ao sítio do José Barboza estava a família de Benedito Cândido Ferreira.

Voltando às contações de histórias, minha mãe sempre conta que logo ao cair do sol,  nas tardes de sábados, a casa dos avós BARALDI fervia com essa vizinhança que vinha montada em cavalos, só para ouvir as contações de histórias do avô dela, o ANTôNIO BARALDI, o Nono, meu biso. Ela adora se lembrar e contar que sua avó Dirce, a Nona, cheia de alegria corria preparar o café e servir para os homens que pitavam, bicavam o café e ouviam as histórias. Servia-lhes tijolo baiano com requeijão. Sovava a massa, fritava e oferecia bolinho àquele povo todo. Por ali havia uma fartura de alegria que não tinha fim.   Seu tio (da minha mãe)  Hermínio Baraldi moía cana para servir garapa. Ela também conta dos outros tios Faustino, Erasmo Jácomo, Ozírides, Argemiro, Ergídio, Ecizira Ursulina Baraldi.   Enquanto as contações de histórias varavam madrugadas dentro de casa, à luz de lamparina, as crianças, contavam mais de 50 (ela que contou), brincavam no terreiro de café.  

Penso se esse povo não tinha medo de retornar para suas casas de madrugada, atravessar um matagal depois de ter ouvido histórias a noite toda porque saíam de lá benzidos, porque eram abençoados pelo aconchego da chegada e protegidos pelas  bênçãos da Nona, em suas partidas. Até chegar o próximo sábado e todos se reunirem novamente.

Meu avô tinha um vasto repertório, era bom no ofício da narrativa,  humano demais para contar histórias assustadoras para os netos. Disse-lhe, um dia, que compraria um gravador para gravar as histórias que ele contava, depois as transcreveria e publicaria um livro. Nem comprei o gravador, tampouco gravei suas histórias. E o tempo passou tão rápido. Lamento tanto.  Mas ele está bem pertinho de mim,  ajudando-me a compor as minhas,  e com ele  aprendi que contador de histórias não põe limites em suas “inventices”.  Mas o que consta nesta narrativa eu não inventei, só conto de ouvir falar.

Gostaria de postar fotos dos meus bisavôs, os que constam nesta história, mas naquela época não faziam selfies. Para homenageá-los, posto aqui, como gratidão aos meus antepassados, minha família, metade sangue Conceição Andrade, outra Maçoni Baraldi. Somos eles e mais as recordações deles que se aninharam em nós.

Deus os abençoe e muito obrigada à essas famílias mencionadas que passaram pela vida da minha família e deixaram um pouco do que eram para nós.    

Autora- Rita de Cássia Zuim Lavoyer

 

A HISTÓRIA DE UM GRANDE HOMEM

 

A HISTÓRIA DE UM GRANDE HOMEM

Por Rita de Cássia Zuim Lavoyer

                               O meu avô Vitório Segundo Baraldi soube “o que”, “como”, “para que” e “para quem” viveu. Viveu intensamente sua humildade e dela brotou sabedoria que transbordou pelos ambientes por onde se registrou como “ser humano”.  Ele foi um humano que realmente soube ‘SER’. POR ISSO CONTINUA SENDO NOSSO AVÔ, NOSSO PAI, NOSSO AMIGO e DE TANTOS AMIGOS. Ele é inesgotável. Escrever sobre ele não basta. Sempre haverá histórias sobre ele e dele, porque era exímio contador de fatos e relatos dos  seus antepassados . Era um baú de conhecimento da cultura dos seus queridos. Um agrônomo nato. Sabia perfeitamente o tempo do plantio, da colheita, quando ia chover ou estiar.  “O homem do tempo da sua época”, expert em meteorologia. 

 

A ele não eram necessários “os porquês”;  os “para quê”   com os quais nos presenteava em seus ensinamentos remetiam-nos para o futuro, um futuro que ele sonhava maravilhoso para seus netos e bisnetos. Era respeitoso, apaixonado por nós e nosso torcedor de carteirinha. Se defeitos tinha suas virtudes souberam aplacá-los. Aos domingos comprava sua cartela de bingo para concorrer a um frango assado. Como ele não vivia de sorte, mas de fé, a cartela dele era sempre iluminada. E o franguinho assado de máquina, o seu preferido, estava sempre garantido. Houve uma ocasião em que o proibiram de comprar a cartela, porque os participantes das jogadas estavam reclamando que somente ele ganhava. Chegou tão chateado em casa, quase chorando. Lembro-me desse episódio, contado por meus primos.  

 

Para quem ama não é fácil suportar a morte do SER amado.  Porém quando o SER amado é imensamente grande, por ele o luto vai se dissolvendo e entendemos que não há partida, um “adeus”  e nunca mais. Há uma separação física e a essência do amor não se dissolve, logo não há despedida. Sofremos saudades, que se transformaram em lembranças, em pilares fortalecidos,  não em tristeza, porque ela já passou.   Ele continua sendo o pai, o avô, o bisavô, o tio, o amigo de muitos.  Ele e o nosso amor por ele continuam vivos porque tudo o que ele nos disse, nos ensinou e o que vivemos juntos continuará latente no seio da nossa família. Por todas as experiências que vivemos juntos, ainda sei encontrá-lo dentro de mim, respiro aliviada, me reconstruo com seus ensinamentos, o liberto e a nossa conexão permanece. É o meu avô, carinhosamente DINHO.   

 

Seguem aqui uns versos simples, como ele era: simples, que compus para o meu avô Vitório Segundo Baraldi.

                                                                                              *-*

A história de um grande homem

 

           A história que eu vou contar faz calar na garganta as palavras. Busco no coração  palavras   cheias de amor para falar de um homem   que nasceu para viver nesta Terra. Um italiano, velho de guerra,  fugiu puxando pelo braço  a mulher que trazia no ventre  aquele que é o meu avô.   Eu conto esta história do jeito que a vida contou:  

 

          Oh, Terra mãe!  Que faz brotar verde esperança, alimenta  qualquer  criança  que à  luz ainda não veio. Se faz inteira, esteio. É fogo, é água, é ar. É para o homem o seio. E ele veio! E ele veio!

 

Na primavera  de flores,  mulher-terra dava à luz  nos bastidores do céu. Carro de boi tocou, foi doutor na enxada  e muito verde ele salvou. Foi lavrador. Do que plantou colheu. Colheu frutos do amor.

 

E nesta Terra  de gente tão auriflamense, muitas foram  paridas  entre os verdes  que de suas mãos brotaram. Foi lavrador.  Do que plantou colheu  e os seus frutos o amaram.

 

De seu canto, em qualquer canto, ele é o menestrel. Soube receber da Terra todo seu leite e mel.  Quando me chamava eu ia. Se o ouço  ainda vou. Se faço canção pra ele, regozijo-me com a voz do meu avô. No meu medo de criança ele acendia a luz e a luz do brilho dele no meu mundo eu sempre pus.

 

Os seus dentes que não tinha iluminavam o meu sorriso, a alegria que me deu é meu mundo, meu paraíso.  Os cabelos de brilhante caindo-lhe sobre a testa são as joias de um homem que  aparou tantas arestas.

 

 Hoje a Terra abraça feliz,  dentro do seu ventre, o meu querido avô. Um velho homem que só levou o que colheu: Tudo o que a Terra precisa  para lhe matar a fome.  Ela brotou uma criança  e recebeu um Grande Homem.

 

Você, meu grande avô, que nos foi tão grande pai, aos meus irmãos e a mim, essas linhas que  lhe escrevo são apenas um agrado, pois bem sabemos nós, que o amamos, que a sua história não tem fim.   

 

 Não duvidem desta, minha gente. Minha gente, esta história eu vivi. 

Meu querido avô, o senhor nunca sumiu das vidas que o senhor marcou. Vivo está!